sábado, 24 de julho de 2010

Intoxicação por agrotóxicos


Agrotóxicos são produtos químicos utilizados para combater pragas. Também são chamados de praguicidas, pesticidas, defensivos agrícolas, agroquímicos ou biocidas.
Utilização:

• Agricultura: controlar insetos, fungos, ácaros, ervas daninhas, etc;
• Pecuária: no controle de carrapatos, pulgas, mosca-do-chifre, etc;
• Domicílio: para matar pulgões e larvas em plantas, eliminar cupins, ratos, baratas, algas em piscinas, e carrapatos e pulgas em animais.
Todos os agrotóxicos são potencialmente perigosos, podem causar danos à saúde de pessoas, animais e ao meio ambiente. É a classe de produto que mais leva a óbito.
Formas de intoxicação:
• Contato direto: no preparo, aplicação ou qualquer tipo de manuseio com o produto.
• Contato indireto: contaminação de água e alimentos ingeridos.
Os venenos entram no corpo por meio de contato com a pele, mucosa, pela respiração e ingestão.
Sintomas:
• Intoxicação aguda: náuseas, tonturas, vômitos, desorientação, dificuldade respiratória, sudorese e salivação excessiva, diarréia, chegando até coma e morte.
• Intoxicação crônica: distúrbios comportamentais como irritabilidade, ansiedade, alteração do sono e da atenção, depressão, cefaléia (dor de cabeça), fadiga (cansaço), parestesias (formigamentos), etc.
Primeiros socorros:
• Intoxicação cutânea (pele):
- retirar as roupas sujas e colocá-las em saco plástico;
- lavar bem a pele contaminada com água corrente e sabão por, no mínimo, 10 minutos;
- não esquecer de lavar cabelos, axilas, virilhas, barba e dobras do corpo;
- no caso de contaminação nos olhos lavar bem com água corrente por 15 minutos.
• Intoxicação inalatória (pela respiração):
- remover a vítima para local fresco e ventilado;
- afrouxar as roupas;
- fazer respiração boca a boca se houver dificuldade respiratória.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Síndrome de Burnout: uma doença do trabalho


Saiba mais sobre um distúrbio ainda pouco conhecido da população, mas cada vez mais inerente ao ambiente de trabalho.









Não há dados sobre a incidência da Síndrome de Burnout no Brasil, mas os consultórios médicos e psicológicos registram um constante aumento do número de pacientes com relatos de sintomas típicos da Síndrome. O problema foi identificado em 1974, nos Estados Unidos, pelo pesquisador Freunderberger, a partir da observação de desgaste no humor e na motivação de profissionais de saúde com os quais trabalhava.

O termo síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço. “Boa parte dos sintomas também é comum em casos de estresse convencional, mas com o acréscimo da desumanização, que se mostra por atitudes negativas e grosseiras em relação às pessoas atendidas no ambiente profissional e que por vezes se estende também aos colegas, amigos e familiares”, explica a psicóloga clínica e hipnoterapeuta ericksoniana Adriana de Araújo.

Segundo a especialista, é bom observar que “o problema é sempre relativo ao mundo do trabalho. É importante ressaltar, que a doença atinge pessoas sem antecedentes psicopatológicos”, afirma. A Síndrome afeta especialmente aqueles profissionais obrigados a manter contato próximo com outros indivíduos e dos quais se espera uma atitude, no mínimo, solidária com a causa alheia. É o caso de médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, policiais. “Recentemente, a categoria dos funcionários de companhias aéreas inseriu-se entre aquelas de alto risco para desenvolver a Síndrome, devido às pressões intensas e ao desgaste vivido durante a crise dos atrasos nos horários dos vôos”, exemplifica Adriana de Araújo.

Veja a lista completa das áreas mais estressantes:

1) Tecnologia da Informação;

2) Medicina;

3) Engenharia;

4) Vendas e Marketing;

5) Educação;

6) Finanças;

7) Recursos Humanos;

8) Operações;

9) Produção;

10) Religião.

FONTE: Consultoria SWNS, 2006.

SST amplia atenção sobre câncer ocupacional

Data: 20/07/2010 / Fonte: ANAMT

A União Internacional contra o Câncer prevê que, em 2020, o número de casos de câncer ocupacional atinja 12 milhões em todo o mundo, um alerta importante com relação à doença. Esse tipo de enfermidade tem chamado cada vez mais a atenção dos profissionais da segurança e da saúde do trabalhador, ao ponto de ter sido um dos principais temas do 9º Fórum Presença da Anamt da Bahia, em outubro de 2009, e do 14º Congresso Nacional da Anamt, ocorrido em Gramado, em maio de 2010.

Em 2002, seis milhões de pessoas morreram devido à doença. O trabalho como fator de risco para o câncer é maior do que os relacionados ao álcool, à exposição excessiva ao sol e radiações. De acordo com o Dr. Marco Antônio Rêgo, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), "raramente o câncer ocupacional é diagnosticado durante a atividade profissional, e sim quando o trabalhador já está aposentado".

Isso dificulta o diagnóstico da doença de origem laboral — que depende de uma análise ocupacional bem feita, lembrando que do ponto de vista clínico, anátomo-patológico e radiológico, esses cânceres não se diferenciam dos de outras origens. Ainda assim, começa a haver maior atenção sobre o assunto.

"São vários os fatores que aumentam a percepção da importância do câncer ocupacional. Tem havido uma maior difusão das informações relacionadas à saúde do trabalhador, com a criação de diversos cursos, serviços e normatizações. Além disso, os trabalhadores, em seus sindicatos, também estão mais atentos à questão da saúde. Soma-se, também, o fato de muitos trabalhadores estarem mantendo suas atividades pelo período de latência do câncer, após os anos de exposição", explica o Dr. Marco.

Segundo o médico do trabalho, os cânceres ocupacionais mais comuns são os de pulmão, de pele e do sistema linfo-hematopoiético. Há outros mais raros, mas com grande especificidade para um determinado agente, como mesotelioma da pleura e amianto; angiossarcoma do fígado e cloreto de vinila; tumor de seios nasais e trabalho com poeira de madeira, cromo e níquel.

Há, também, um grande elenco de carcinogênicos — substâncias que facilitam o surgimento de câncer — que se associam a tumores específicos. Ademais, existem estudos que preveem uma relação entre o revezamento de turnos de trabalho e o câncer.

Neste caso, a privação do sono pode causar distúrbios na regulação hormonal e imunológica, mais uma mostra de que a Medicina do Trabalho não pode ignorar os hábitos pessoais e privados no diagnóstico e tratamento das doenças laborais.

Asbesto

Proibido em mais de 50 países, o amianto, também conhecido como asbesto, é o maior causador de câncer ocupacional, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No Brasil, a lei nº 9055, de 1995, disciplina a extração, a industrialização, a utilização, a comercialização e o transporte da substância e dos produtos que a contenham.

Apesar de sua constitucionalidade estar sendo questionada no Supremo Tribunal Federal, a lei possui homólogas em vários municípios e estados brasileiros, que já têm legislação restritiva ao uso do amianto e, em quatro deles — São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco —, a norma proíbe sua exploração, utilização e comercialização.

Seja na implementação de políticas públicas, seja na atenção do profissional da saúde, Dr. Marco acredita que "a principal ação quando se fala de câncer é a prevenção". Isso inclui o banimento de processos e substâncias carcinogênicas, a proteção dos trabalhadores, a difusão de informação e a educação para saúde.

"Como se trata de doença multifatorial, devemos lembrar sempre a necessidade de os trabalhadores serem orientados a desenvolver hábitos saudáveis, como praticar atividade física, não fumar, reduzir o uso de álcool ou não beber, controlar o peso, controlar a ingestão calórica, evitar o consumo excessivo de gordura e de sal e evitar sexo desprotegido", conclui.
Fonte: Revista Proteção

NBR de Gestão em Segurança e Saúde do Trabalhador






Data: 22/07/2010 / Fonte: Redação Revista Proteção


De 15 de julho a 13 de agosto, o Projeto de Norma Brasileira de Gestão em Saúde e Segurança no Trabalho estará em consulta nacional no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (www.abnt.org.br). "A norma se faz importante por ser uma possibilidade de sistematizar todas as formas de gestão implementadas nas empresas atualmente", afirma Jorge Coletto, engenheiro de Segurança e relator do GT2 (requisitos) da ABNT/CEE 109.





Gestão de mudanças

Durante as reuniões dos Grupos de Trabalho, ocorridas em maio, a Comissão de SST da ABNT avaliou sugestões enviadas por várias instituições, como Federação da Indústria de Minas Gerais, Sintest/AM, Senac/RJ, Sintesp/SP, Fundação Gestão Empresarial e Vigilância Sanitária do Trabalho. Um dos temas mais debatidos durante o processo de estruturação do projeto foi a gestão de mudanças. "Havendo uma gestão de mudanças na empresa, qualquer alteração de processos, estrutural, no quadro de funcionários ou no maquinário, dependerá de uma avaliação sobre como essa mudança pode influenciar na Saúde e Segurança do Trabalhador", explana Coletto.


Questionamento

A Comissão Tripartite Partidária Permanente, ligada ao Ministério do Trabalho, chegou a enviar, em março, um ofício para a associação, pedindo a suspensão temporária do processo de construção da norma. A ABNT respondeu ao ofício, explicando que as normas brasileiras são desenvolvidas de forma voluntária por especialistas da área estudada, levando em conta padrões internacionais de normalização.

Publicação

Em agosto, após o término do período de consulta pública, novas reuniões irão debater as sugestões, para então, publicar as diretrizes. "Vamos analisar o retorno da consulta e, a partir de setembro, pretendemos publicar a norma", conclui o relator do GT2.

Dicas de Prevenção de Acidentes




Com eletricidade:

• Manter as instalações em bom estado, para evitar sobrecarga, mau contato e curto-circuito.
• Nunca deixe ferro elétrico ligado quando tiver que fazer alguma outra coisa, mesmo que seja por alguns minutos, pois isto tem sido causa de grandes incêndios.
• Não sobrecarregar as instalações elétricas com vários utensílios ao mesmo tempo, pois os fios esquentam e podem ocasionar um incêndio. Não deixar lâmpadas, velas acesas e aquecedores perto de cortinas, papéis e outros materiais combustíveis.
• Se a casa ficar desocupada por um período prolongado, desligue a chave elétrica principal.
• Não usar tomadas e fios em mau estado ou de bitola inferior à recomendada. Nunca substituir fusíveis ou disjuntores por ligações diretas com arames ou moedas.
• Observe se os orifícios e grades de ventilação dos eletrodomésticos (como T.V., vídeo e forno de microondas) não se encontram vedados por panos decorativos, cobertas, etc.





Com gás:

• Caso o gás esteja instalado dentro de casa e ele vier a vazar, não risque fósforo não acenda ou apague luzes. Chame os bombeiros e se possível retire o botijão da sua casa.
• Abra as portas e janelas, corte a energia no relógio e fique longe do local onde o gás está vazando.
• Ao acender um forno de fogão, riscar primeiro o fósforo e abrir o gás depois.
• Manusear botijões de gás com cuidado, evitando que caiam ou sofram pancadas.
• Os botijões devem ser guardados em locais bem limpos, bem ventilados, livres de óleo e graxa, protegidos contra chuva, sol, e outras fontes de calor.
• Se a casa ficar desocupada por um período prolongado, feche o registro de gás. Ao instalar um novo botijão use espuma de sabão para testar se há vazamentos.
• Jamais use fogo para tal propósito, mas lembre-se: o sabão não deve ser usado para vedar vazamentos. Botijões de gás domésticos não devem ficar juntos do fogão, mas fora da casa e conectados com tubulações metálicas.

Prevenção de acidentes na cozinha:

• Não usar aventais ou toalhas plásticas na cozinha.
• Quando sair de casa, verifique que nada ficou aceso e que nenhum perigo de incêndio porá em perigo sua residência.
• Não coloque panos ou papéis decorativos próximo do fogão.
• Os cabos das panelas devem ficar voltados para o centro do fogão.
• Cozinha não é lugar para crianças, não permita que elas fiquem sozinhas lá.
• Deixar fósforos ou isqueiros ao alcance de crianças é um atentado contra sua casa e à integridade física das mesmas.
• Ao pegar uma panela quente, tenha certeza que conseguirá transportá-la, evitando que caia de suas mãos.



Prevenção de acidentes com automóveis:

• Use sempre o cinto de segurança.
• Evitar deixar crianças sozinhas dentro de automóveis com as chaves na ignição ou mesmo sem as chaves mas estando o veículo em uma ladeira.
• Respeite sempre e acredite nas placas sinalizadoras.
• Realize manutenções regulares em seu veículo.
• Não fumar nem permitir que fumem perto de veículos acidentados, ou onde houver forte cheiro de gasolina ou álcool.
• Fumar em automóvel com todas as janelas fechadas, cria concentrações perigosas de monóxido de carbono.
• Forte cheiro de combustível no motor ou na cabine de um carro, ou aumento repentino de consumo são indícios de vazamento.
• Cuidado, podem provocar um incêndio.

Prevenção de acidentes gerais:


• Jamais deixe crianças trancadas ao sair de casa. Em caso de incêndio, ou outra emergência, elas não terão como fugir.
• Não soltar fogos de artifícios, podem explodir acidentalmente na mão do usuário, mutilando-o ou queimando-o.
• Grande quantidade de papéis, papelões e outros materiais de fácil combustão não devem ser estocados em locais abertos, próximo a áreas de circulação de pessoas, mas sim guardados em recintos fechados.
• Nao avivar chamas de churrasqueiras e braseiros jogando álcool ou outros inflamáveis.
• NÃO SOLTAR BALÕES, os mesmos podem provocar grandes incêndios.
• Após utilizar uma fogueira na mata, camping, etc., jogar água na mesma e cobrir com areia.
• Ter cuidado com bolas (balões) de gás para crianças, muitas vezes enchidos com hidrogênio. Não fumar perto deles, o que pode causar explosões e várias queimaduras.
• Não fumar na cama, pois o fumante pode adormecer e o cigarro provocar um incêndio.
• Não jogar inflamáveis, gasolina, álcool, etc. nos ralos, podem causar acúmulo de gases provocando explosões

Fonte: Corpo de Bombeiros do Maranhão