sexta-feira, 18 de junho de 2010

Jogo dos 7 erros em segurança do trabalho


Fonte: Areaseg

Acidentes com Motociclistas profissionais


Definitivamente a atividade dos motociclistas profissionais em todas as capitais e municípios do Brasil é uma realidade presente. As ações desses profissionais tem alavancado o desenvolvimento de nossas empresas notavelmente, porém o que mais nos chama atenção em nossa rotina diária pelo trânsito é o quantitativo de acidentes que vitima essa categoria profissional, elevando cada vez mais as estatísticas de acidentes de trânsito e mascarando de certa forma os acidentes de trabalho onde os mesmos se enquadrariam. Diante dessa realidade, o que sempre vem à tona nas discussões das instituições envolvidas com o assunto é o modelo de conscientização para as práticas seguras de pilotagem. A FUNDACENTRO como sempre vem se apropriando desse assunto e tem publicado o resultado de pesquisas realizadas em todo o País sobre o tema.


Abaixo no link presentamos o vídeo produzido pela FUNDACENTRO, material de grande importância e relevância para a conscientização de todas as categorias que utilizam a motocicleta como seu principal instrumento de trabalho.


12 Mandamentos para a Segurança do Motociclista

A Associação Brasileira dos Motociclistas (Abram) elaborou um manual com 12 mandamentos para a segurança do motociclista. Outra medida para incentivar profissionais que trabalham sobre duas rodas a guiar com cuidado é oferecer uma condecoração para os que não se envolverem em acidentes de trânsito.

Na avaliação do presidente da Abram, Lucas Pimentel, a deficiência no processo de habilitação seria a responsável pela maioria dos acidentes. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aposta na melhora do quadro com a Resolução 285/08, em vigor desde janeiro deste ano, que prevê maior carga horária para os cursos de formação de condutores. Mas, para Pimentel, isso não é o suficiente. “O motociclista precisa de um curso de aperfeiçoamento que inclua pilotagem segura, direção defensiva e manutenção preventiva, porque todo condutor de motocicleta sem um curso de aperfeiçoamento é um acidentado em potencial”.Ainda segundo o presidente da Abram, cerca de 12 milhões de motociclistas rodam no país. De acordo com dados de 2006 da secretaria municipal de Transportes, apenas 23% dos acidentes com motociclistas envolviam profissionais. “A grande maioria dos motociclistas que perderam suas vidas no trânsito da cidade de São Paulo eram os chamados motociclistas-usuários, que usam as motos para substituir o carro e ônibus no seu deslocamento diário”, diz Pimentel.

Doze mandamentos

Confira as recomendações da Abram para a segurança dos motociclistas nas ruas e nas estradas brasileiras:

1 – Mantenha a motocicleta sempre em ordemA manutenção é importante, a calibragem e o estado geral dos pneus. Cheque o funcionamento do farol, setas, lanterna e luz de freio; verifique o cabo, lonas, ou pastilhas, fluido e a regulagem se for freio hidráulico. Confira o cabo e a regulagem da folga ideal do sistema hidráulico; revise os amortecedores traseiros e as bengalas dianteiras quanto a vazamentos; verifique a vela, cachimbo e cabo; troque periodicamente o conjunto de coroa, corrente e pinhão; tenha sempre a mão a CNH e o CRLV; use o protetor de pernas (mata-cachorro) e a antena anti-cerol.

2 – Pilote usando equipamentos de segurançaCapacete aprovado pelo Inmetro; calça e jaqueta de tecido resistente (preferencialmente de couro); botas ou sapados reforçados e luvas (de preferência de couro).

3 – Reduza a velocidadeQuanto menor a velocidade, maior será o tempo disponível para lidar com o perigo de uma condição adversa ou situações inesperadas, como mudança súbita de trajetória de outro veículo.

4 – Atenção e concentraçãoO ato de pilotar motocicletas exige muita atenção do motociclista, por isso evite se distrair.

5 – Respeite a sinalização de trânsitoConheça e respeite os sinais e as placas de trânsito.

6 – Cuidado nos cruzamentos Os cruzamentos são os locais de maior incidência de acidentes de trânsito, então redobre a atenção e reduza a velocidade ao se aproximar dos mesmos, principalmente nos cruzamentos sem sinalização de semáforos.

7 – Cuidado nas ultrapassagens Sinalize as manobras com antecedência e certifique-se de que você realmente foi visto pelo motorista a ser ultrapassado. Tenha cuidado ao passar entre veículos, principalmente ônibus e caminhões.

8 – Cuidado com pedestres Lembre-se de que o pedestre tem prioridade no trânsito urbano. Seja cordial e fique alerta para os pedestres desatentos, principalmente crianças e idosos.

9 – Seja visto Ao pilotar à noite, use roupas claras e com materiais refletivos.

10 – Alcoolismo Está comprovado que bebida e direção não combinam. Então, se beber, não pilote. Fique vivo no trânsito.

11 – Mantenha distância É imprescindível manter uma distância segura dos veículos à frente (cerca de cinco metros), principalmente em avenidas e rodovias.

12 – Cuidado com a chuva Redobre a atenção, reduza a velocidade e evite freadas bruscas; lembre-se de que nestas condições o tempo de frenagem é duas vezes maior que o normal.
Fonte: Educador de trânsito Patrick Morais

Fundacentro mostra indicadores de produção estabelecidos no PPA

Produção e difusão de conhecimentos em SST contribuem para a redução da precarização das relações de trabalho


16/6/2010


A partir do conceito de seguridade social, inúmeras políticas públicas se desenvolvem de forma integrada. Uma dessas políticas é o atendimento aos direitos básicos dos trabalhadores, na qual a segurança e a saúde nos locais de trabalho se inserem, e que foi consolidada em um programa governamental.

O Programa 1184 - Segurança e Saúde no Trabalho, do PPA 2008-2011 (Plano Plurianual 2008-2011), contempla uma política de governo que tem a finalidade de promover a segurança e a saúde no ambiente de trabalho como condição de qualidade de vida, e desta forma garantir direitos ao cidadão.

Tal política se traduz nas seguintes ações: pesquisas e estudos em SST_ produção e divulgação de materiais didáticos e instrucionais em SST_ capacitação de trabalhadores em SST_ atendimento a demanda por avaliações em SST_ normatização em SST e inspeção em SST.

Essas ações são realizadas pela Fundacentro e pelo Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).

A partir de sua missão, a Fundacentro realiza as seguintes ações no Programa 1184 - Segurança e Saúde no Trabalho:

Ação 4714: Pesquisa, estudo e desenvolvimento em segurança e saúde no Trabalho_

Ação 4814: Educação em segurança e saúde no trabalho

Ação 4722: Produção e distribuição de material técnico-científico e didático sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho

Ação 6536: Avaliações técnico-científicas em segurança e saúde no trabalho

Pesquisa em SST: o avanço do conhecimento no tema

Dessas 4 ações, a de pesquisa é aquela que demonstra a produção de conhecimento em SST. Nesse quesito, as pesquisas realizadas pela Fundacentro a coloca na vanguarda entre as instituições de pesquisa que atuam na área.

Das pesquisas realizadas em 2009, foram gerados 33 artigos publicados em periódicos científicos, bem como trabalhos apresentados em eventos nacionais e internacionais. A Fundacentro desenvolve suas pesquisas e estudos a partir da demanda de sindicatos, do Ministério do Trabalho e Emprego, de organismos internacionais como a Organização Internacional do Trabalho e a Organização Mundial da Saúde, ou, a partir da definição de temas ou setores em que os seus pesquisadores constatem uma incidência significativa de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.

O diretor técnico da Fundacentro, Jófilo Moreira Lima Júnior é bastante otimista ao observar os indicadores de pesquisa da entidade. No programa 1184 – Segurança e Saúde no Trabalho, a meta do indicador da produção científica da Fundacentro estabelecida para 2009 era de 25 artigos em veículos de relevância científica junto com livros ou capítulos de livros submetidos ao Conselho Editorial. Tal meta foi plenamente alcançada, pois o valor apurado foi de 26. “Esse trabalho mostra a relevância das pesquisas realizadas na área de SST”, observa Jófilo.


Capacitação em SST e prestação de serviço: marcas da entidade

A capacitação em SST e o atendimento ao público, considerados ação de extensão, colocam a entidade em níveis de excelência em segurança e saúde do trabalhador. Somente no ano de 2009, a instituição capacitou quase 8 mil trabalhadores no território nacional em cursos e seminários específicos sobre temas relacionados à SST, com, no mínimo, 8 horas de duração.

Resultados levantados pela própria entidade mostram que as Regiões Sudeste e Nordeste foram responsáveis por 58 de pessoas capacitadas, que totalmente alinhados à distribuição da população, são essas duas regiões responsáveis por 70 da população brasileira, de acordo com dados do IBGE.

A prestação de serviços também tem sido marcante na Fundacentro. Foram emitidos cerca de 1.300 relatórios em atendimento a solicitações de ensaios em equipamentos de proteção individual, avaliação do estado de saúde de trabalhadores e pareceres sobre regulamentação de SST e avaliação das condições dos ambientes de trabalho. As solicitações foram apresentadas por fabricantes, usuários e órgãos de fiscalização de EPI, e pelo poder Judiciário, Ministério Público e por órgãos das três esferas do governo.


Produção e distribuição de material técnico-científico e didático em SST: aumento significativo na distribuição de exemplares

Os conhecimentos produzidos pelos técnicos da Fundacentro são distribuídos de diversas maneiras. Uma delas é a produção e distribuição de material técnico-científico e didático em SST. As pesquisas geram publicações impressas, tais como livros, cartilhas, materiais de multimídia, vídeos e publicações eletrônicas. Em 2009 foram reforçadas novas formas de divulgação das publicações da Fundacentro.

O problema do gargalo na impressão de publicações da Fundacentro vem sendo enfrentado com a disponibilização das publicações, no formato eletrônico, no portal da Fundacentro na internet. Um exemplo bem sucedido dessa solução é a disponibilização da Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO), periódico científico da Fundacentro, que pode ser “baixado” em sua totalidade da internet. Os números publicados a partir de 2008 já podem ser acessados dessa forma no seguinte endereço: http://www.fundacentro.gov.br/rbso.

Outra forma inovadora de divulgação dos conhecimentos em SST implementada em 2008 foi a criação da “Radio Web Fundacentro”. São informativos técnicos com cerca de 5 minutos de áudio, denominados Podcasts disponibilizados no Portal da Fundacentro na internet. Esses programas estão disponíveis para download e podem ser transmitidos por emissoras de rádio interessadas. Esse serviço teve início em 2008 e já estão disponíveis 60 programas: 37 realizados em 2008, 18 em 2009 e 5 em 2010. Em 2009 esse serviço foi ampliado e a Fundacentro passou a disponibilizar informativos técnicos na forma de vídeos.

Todo esse esforço possibilitou à Fundacentro superar em quase 100 a meta estabelecida para essa ação.
Fonte: FUNDACENTRO

Nanotecnologias geram inquietações no Brasil e no mundo

Simpósio internacional debateu impactos sobre saúde e meio ambiente

16/6/2010

A Fundacentro, em parceria com instituições envolvidas na temática nanotecnologia, realizou de 25 a 27 de maio de 2010, no auditório do Conselho Regional de Química, o Simpósio Internacional Impactos das nanotecnologias sobre a saúde dos trabalhadores e sobre o meio ambiente.

O evento contou com apresentações qualificadas e atualizadas sobre o tema e a participação ativa do público, composto por especialistas no tema, representantes de governo e empresas, profissionais de SST, meio ambiente, trabalhadores, membros de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), estudantes, professores, e consultores. Foi possível assim desenvolver uma discussão qualificada em torno dos temas propostos apresentados pelos conferencistas e debatedores convidados.

Os coordenadores avaliaram que o evento atingiu seus objetivos, permitindo a atualização de informações e o debate sobre os possíveis impactos dos nanomateriais no meio ambiente, sobre a nanotoxicologia e os resultados das pesquisas realizadas no Brasil.

Para a pesquisadora Arline Arcuri, as palestras internacionais mostraram que as dúvidas sobre os impactos que temos no Brasil são as mesmas apresentadas pelos palestrantes. “Isso significa que estamos no mesmo patamar”, ressaltou Arline. Paulo Martins, coordenador do Renanosoma, acrescentou que a única diferença é que os outros países possuem recursos para realizar as pesquisa. “Precisamos ter mais gente que se dedique ao tema”, completou Paulo. Para a pesquisadora Valéria Ramos os trabalhos orais e os pôsteres “permitiram conhecer em parte os resultados de pesquisas realizadas no Brasil”.

Os organizadores do evento geraram ainda um Manifesto Público, intitulado Direito à informação e recursos públicos para identificar riscos das nanotecnologias à saúde dos trabalhadores e ao meio-ambiente. Nesse documento, os promotores do evento e signatários expressam seu posicionamento sobre o tema.
Fonte: FUNDACENTRO

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cuidados com os fogos de artifício

Fogos de artifício: Bonito para os olhos. Um perigo para as mãos.
Sociedade médica lança Campanha Nacional de Prevenção a Acidentes e Traumas da Mão

Entidade alerta para os perigos de acidentes com fogos de artifício

Uma em cada dez pessoas que mexe com fogos de artifício tem membros amputados, principalmente dedos. Além de provocar queimaduras, quando explodem, os fogos podem causar mutilações, lesões nos olhos e até surdez.

As lesões agudas da mão são responsáveis por 20% de todos os traumas que chegam às emergências dos hospitais no Brasil. Preocupada com esses índices, a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABCM) lança a Campanha Nacional de Prevenção a Acidentes e Traumas da Mão. A primeira ação da campanha acontece em dezembro e visa alertar para os riscos dos acidentes com fogos, que podem provocar queimaduras graves e até mutilações e amputações das mãos. O presidente da ABCM, Dr. Luiz Carlos Angelini, adverte que a imprudência e a falta de informação são os principais motivos para esta alarmante incidência.

“Muitas pessoas compram os fogos, mas elas dão pouca importância para o alto risco desses artefatos, que podem causar mutilações irreversíveis”, alerta o especialista.

O uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras (70% dos casos); lesões com lacerações/cortes (20% dos casos); amputações dos membros superiores (10% dos casos); lesões de córnea ou perda da visão e lesões do pavilhão auditivo ou perda da audição. As pessoas mais atingidas são homens com idade entre 15 e 50 anos e crianças de 4 a 14 anos.

Segundo o especialista, é nas festas de fim de ano que ocorre o maior índice de acidentes com fogos de artifício, incluindo as explosões com bombas, que têm um alto poder de mutilação. “Vemos muitas pessoas tentando orientar sobre a maneira de correta de manusear fogos de artifício. O objetivo de nossa campanha é mostrar a realidade, os perigos que esses produtos oferecem e manter as pessoas distantes dessa prática”. O médico orienta que apenas profissionais habilitados devem manipular material explosivo. “Existe uma lei que regulamenta a comercialização de fogos e proíbe que sejam vendidos para crianças”, afirma Dr. Angelini.

A campanha da ABCM promoverá ações de conscientização por todo o país. Médicos especializados em cirurgia da mão estão engajados na divulgação de mensagens de alerta sobre os riscos de acidentes causados principalmente pelo manuseio de fogos de artifícios.

Algumas pesquisas apresentadas no Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, realizado este ano, revelam que os acidentes de trabalho e as agressões são responsáveis pela maior parte dos casos de urgências de cirurgias de mão, mas durante essa época do ano, aumentam significativamente os casos de acidentes com fogos de artifício.

Para o especialista em cirurgia da mão Jefferson Braga Silva, é preciso “atenção extrema” ao lidar com fogos de artifício, principalmente no caso de crianças, que “não têm noção do perigo a que estão expostas”, comenta o vice-presidente da ABCM. O médico destaca a importância de prestar um atendimento adequado nos casos de acidentes com traumas na mão. “O atendimento especializado e imediato reduz significativamente o incidência de seqüelas graves”, orienta.

Alguns cuidados para curtir o São João com segurança

•Não segure os fogos de artifício com as mãos.

•Prenda o rojão em uma armação, em uma cerca ou em um muro, e não fique próximo na hora de acender.

•Não tente acender fogos que falharem.

•Dispare os fogos somente ao ar livre, um de cada vez, e veja se não há substâncias inflamáveis ou redes elétricas nas proximidades.

•Tenha sempre um recipiente de água por perto para colocar os foguetes já usados, ou aqueles que falharam, para não haver riscos de novas explosões.

•Confira sempre o certificado de garantia do foguete.

•Nunca associe bebida alcoólica ao uso de fogos.

Seguro de Acidente de Trabalho

SAT - Novo cálculo para o seguro

09/06/10


O governo cedeu às pressões das empresas e modificou as regras de cálculo do Seguro Acidente de Trabalho. A partir de setembro, aquelas que não registrarem nenhum tipo de acidente nos últimos dois anos terão a alíquota reduzida pela metade. De acordo com o Ministério da Previdência, a medida beneficiará cerca de 350 mil empresas.

As alterações foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Previdência Social. Outra medida aprovada foi a penalização das empresas que deixarem de notificar acidentes ou doença de trabalho. Essas companhias terão a alíquota do seguro dobrada. O seguro tem alíquotas que vão de 1% a 3% e incidem mensalmente sobre a folha de pagamento. Sobre essa alíquota, é aplicada ainda um fator que varia de acordo com o número de acidentes registrados pela empresa e pode desde reduzir pela metade até dobrar o valor final a ser pago.


Fonte: Zero Hora

Perícia: Em busca de uma regulamentação

SST - Profissionais querem norma técnica para perícia

12/06/10


A revogação da Portaria 3311, em março, tem movimentado profissionais da área de SST. No mês de maio, em Seminário da Câmara de Engenharia de Segurança do Trabalho, do CREA-SP, discutiu-se a possibilidade de se criar uma norma técnica baseada no que foi revogado. A ideia é ter uma metodologia para perícia. Para tanto, será estabelecido um Grupo de Estudos no CREA-SP, que também abordará a necessidade de emissão de ART por parte dos peritos e assistentes técnicos. O assunto também deverá ser discutido pela Comissão de SST da ABNT, após a finalização da norma de gestão.

"O Brasil ficou sem uma metodologia oficial para elaboração de laudos de insalubridade e periculosidade, facilitando o subjetivismo, em prol do aumento do passivo trabalhista e de uma falsa proteção ao trabalhador. Laudos inadequados favorecem os famigerados adicionais correspondentes e não a otimização da melhoria contínua dos ambientes e condições de trabalho", avalia o engenheiro de segurança e presidente da Obesst (Organização Brasileira de Entidades Saúde e Segurança do Trabalho e do Meio Ambiente), Leonídio Ribeiro.

A Obesst chegou a divulgar o informativo criticando a revogação. Trata-se do Radar OBESST 35. O material destaca que a Portaria 3311 trazia a instrução para a elaboração de Laudo de Insalubridade e Periculosidade e ainda norteava o trabalho da auditoria fiscal em relação à SST e o planejamento de ações.

Foi a Portaria 546, de 11 de março, que extinguiu a Portaria 3311. Assim se estabeleceu um novo sistema de inspeção do trabalho, o qual vigora desde abril. "Do ponto de vista prático, a fiscalização não será mais feita por meio de um único auditor, sustentada por ordem de serviço. Passa a vigorar a fiscalização por programas estabelecidos pelas Gerencias Regionais de Emprego e Trabalho - GRET (antigas subdelegacias do trabalho)", analisou Leonídio Ribeiro, no informativo.

"Como a maioria dos novos AFTs não são engenheiros ou médicos, como ficará a qualidade técnica dessa nova metodologia de auditoria fiscal do trabalho, no campo da SST? Como essa nova Portaria foi feita por algumas pessoas que não vivenciam o dia-a-dia da SST, não se aperceberam da importância desse documento e, na canetada foi eliminado o formulário que dizia respeito à Instrução para Elaboração de Laudo de Insalubridade e Periculosidade. Tal ação impensada vai prejudicar a própria auditoria fiscal, principalmente quando o AFT atua como assistente técnico da AGU, critica Leonídio Ribeiro no texto do Radar.



Fonte: Revista Proteção

Lesões por Esforços Repetitivos

SSO - Excesso de trabalho auxilia no aparecimento de LER

14/06/10


A informatização do trabalho, a falta de postura e a escassez de atividades físicas expõem o profissional a uma série de problemas musculares. Derivados do esforço repetitivo, estresse ou trabalho excessivo, os sintomas da LER (Lesões por Esforços Repetitivos) podem não demorar para aparecer.

De acordo com o Ministério da Previdência, dos 312.872 auxílios-doença acidentários concedidos em 2009, a categoria "Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo" respondeu por 93.934, o equivalente a 30% do total.

"Os profissionais exercem a mesma função o tempo todo, sem descanso e sem algum tipo de alongamento. A chance das dores aparecerem é muito maior", afirma o reumatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Daniel Brito de Araújo.

Engana-se quem pensa que a LER só aparece em indivíduos que passam horas no computador. Segundo o médico, qualquer exposição à vibração, a um ruído e a fatores ambientais pode ser um agravante da situação.

Avise a chefia

Quando a incidência de dores for constante, talvez seja a hora de procurar ajuda médica na empresa. Dores localizadas ou generalizadas, desconforto e fadiga são alguns dos sintomas iniciais. As chances de recuperação serão muito maiores se a LER for tratada nos seus primeiros estágios.

O publicitário João de Castro escondeu as frequentes dores musculares por mais de um mês. Até que em um dia, seu chefe o escalou para uma tarefa importante, que demandava horas e muitos cliques no teclado do computador.

"Não conseguia me concentrar em nada. A dor era tanta, pois havia escondido dos meus chefes, que na hora de pegar um trabalho importante não tinha condições de exercê-lo", afirma.

"A diminuição da capacidade física passa a ser percebida no trabalho e fora dele, nas atividades cotidianas", explica o reumatologista.

Prazo de validade

A vontade de se recuperar do profissional é proporcional ao desejo de continuar desempenhando a função na empresa. Tudo isso retarda a recuperação do trabalhador. Na avaliação de Araújo, os funcionários que não se sentem mais realizados dentro de uma companhia estão mais suscetíveis à dor.

"Existem casos em que apenas em 15 dias resolve-se um problema. Não dá para definir em quanto tempo deve ser o processo de recuperação, mas tudo irá depender também da vontade do profissional", pondera o médico.

De todo modo, o paciente deve tomar certos cuidados. Segundo Araújo, dependendo da doença e do grau da lesão, a LER pode deixar sequelas.

Uma vez que esse profissional voltar ao trabalho, ele deverá diminuir o ritmo das funções, colocar intervalos de descanso, fazer revezamento nas tarefas, entre outras coisas.

Áreas onde a LER costuma aparecer

Esse tipo de lesão é formado por centenas de doenças que atingem os músculos do indivíduo, por isso não existe uma ou outra profissão potencialmente marcada pela LER. Entretanto, em algumas funções, o diagnóstico pode aparecer de maneira acelerada, frente a outras.

"Pessoas que usam o PC de maneira geral têm esse tipo de lesão. Soldadores, cabeleireiros, entre outros, que realizam movimentos específicos, fazem parte desse grupo", explica o médico.



Fonte: Administradores