quarta-feira, 14 de abril de 2010

Recomendações de Segurança

Escadas, rampas e passarelas
Procedimentos seguros para a utilização, conforme estabelecido pela NR - 18.

http://sites.google.com/site/profmarcelost/downloads/RTP_04_-_Escadas%2C_Rampas_e_Passarelas1.pdf?attredirects=0&d=1

Cuidados com o trabalho informatizado


Nos postos de trabalho em que são utilzados computadores devemos seguir uma série de requisitos que minimizam a possibilidade de ocorrências de lesões aos grupos musculares mais soliciados nessas atividades. O Cartaz ao lado nos dá umas dicas importantes sobre isso.



Inspeções de Segurança do Trabalho


Em postagem anterior apresentamos alguns requisitos contribuintes com a realização das inpeções de segurança. Um desses é o CHECK LIST, muito utilizado por diversas empresas, faz parte de uma metodologia que facilita, de maneira objetiva, na execução das inspeções. Tratando-se de uma ferramenta que pré-estabelece itens de verificação que apresentam relevância para quem executa a inspeção, o CHECK LIST se adapta a diversas situações, mesmo levando em consideração as especificidades de cada arranjo produtivo. Nessa postagem apresentamos em um arquivo anexo uma série de CHECK LISTS baseados nas Normas Regulamentadoras - NRs.

Observação: o arquivo está compactado.


domingo, 11 de abril de 2010

Dia Mundial em memória às vítimas de acidente de trabalho







RESPIRADORES


FILTROS MECÂNICOS – Eficiência x Conforto x Durabilidade


Filtros mecânicos é a denominação adotada para filtros com a habilidade de reter partículas em suspensão na atmosfera. Este termo técnico utilizado em proteção respiratória possibilita interpretações incorretas sobre o tipo de contaminantes que podem ser retidos por estes meios filtrantes. Algumas pessoas entendem que por ser mecânico estes filtros não podem ser utilizados para uso em respiradores destinados a proteção do trabalhador contra substâncias químicas. Esta idéia é incorreta.
As substâncias químicas podem estar presentes no ar em duas formas diferentes: como partículas aerodispersas ou moléculas misturadas à massa gasosa. Os filtros mecânicos são recomendados para proteção contra as primeiras, que podem ser poeiras, fumos, névoas ou neblinas.

Os filtros mecânicos são classificados de acordo com sua eficiência, nas classes P1, P2 e P3, conforme a norma ABNT. Todos as três classes são testadas fazendo-se passar partículas de Cloreto de Sódio geradas por um nebulizador especial, com diâmetro aerodinâmico médio mássico de 0,4 mícron. Este tamanho de partículas é aquele que submete o filtro a pior condição. A habilidade dos filtros mecânicos para reter estas partículas é menor que sua habilidade para retenção de partículas com diâmetros superiores a 1 mícron e inferiores a 0,1 mícron, por exemplo. Por esta razão foi escolhido este tamanho. Neste ensaio, os filtros P1 devem ter uma eficiência mínima de 80 %; os filtros P2, 94%; e os filtros P3, 99,95%.

A utilização de um filtro P1, P2 ou P3 não define o nível de proteção oferecido por um equipamento de proteção respiratória. Ou seja, quando utilizados em uma peça semifacial, os filtros P1, P2 ou P3, darão ao conjunto peça semifacial e filtro mecânico, seja este conjunto do tipo peça semifacial elastomérica ou do tipo sem manutenção, a mesma eficiência nominal, que é de 90 % de eficiência.

A escolha do filtro mais apropriado deve estar associada ao tipo de contaminante presente na atmosfera contaminada. Para poeiras e névoas, deve-se selecionar um filtro P1; para fumos, filtro P2; e para partículas (poeiras, fumos ou névoas) altamente tóxicas, filtro P3, preferencialmente em uma Peça Facial Inteira ou Respirador Motorizado.

Outro fator importante a ser considerado nesta seleção é o conforto. Quanto mais eficiente o filtro mecânico, maior será a dificuldade para se respirar através dele. Levando-se em consideração que as poeiras e névoas possuem, normalmente, diâmetro aerodinâmico médico mássico superior a 2 microns, todas as três classes de filtro mecânico possuem, na prática, a mesma eficiência para retenção destas partículas.

Utilizar um filtro da classe P3 em uma peça semifacial para retenção de poeiras, não vai dar ao equipamento de proteção respiratória uma proteção maior que aquela oferecida por um filtro P1 em equipamento similar.

Um outro fator que está sendo muito discutido atualmente é a vida útil do filtro mecânico. As boas práticas de proteção respiratória orientam que os filtros mecânicos devem ser substituídos sempre que causarem dificuldades à respiração. Os filtros mecânicos são construídos de tal forma que todos os mecanismos de filtração atuem de forma equilibrada tendo uma tendência de aumentar bastante a dificuldade a respiração com o tempo de uso. Outra característica destes filtros, é que mesmo que haja uma degradação da carga eletrostática com o uso, os outros mecanismos provocam o entupimento do filtro, dificultando a passagem do ar, porém mantendo a eficiência global do meio filtrante.

Filtros mecânicos ou máscaras descartáveis não podem ser usados por tempo muito longo, a saturação vai depender sempre da quantidade de contaminante no ar + umidade + esforço físico do usuário . Esses 3 fatores determinam a dificuldade em respirar , que quando sentida obriga o trabalhador a trocar o filtro ou máscara
.
A prática de estabelecer um prazo fixo para trocar o respirador ou filtro mecânico (por exemplo: de 3 em 3 dias ou semanalmente), é muito comum e totalmente errada pois quando a máscara satura, o ar não passa e o trabalhador se vê obrigado a “afrouxar” a colocação (usando um elástico só, não fazendo vedação no nariz ou até furando a máscara) ou tirar várias vezes durante o dia para respirar melhor.

A troca pode ser programada somente se a prática demonstra que a saturação em uma determinada operação ocorre em tantas horas ou dias, mas o usuário não pode ser impedido de trocar o respirador sempre que sentir dificuldade em respirar , pois as pessoas são muito diferentes umas das outras, a necessidade respiratória de cada um é diferente e tem que ser respeitada. Por exemplo: ninguém pode dizer que você não está com sede ou fome, só você sabe quanto de água, ar e comida você precisa para viver bem.

Permitir ou estimular essas ocorrências preocupado unicamente com o custo do respirador, é uma indicação clara de que a empresa ou o profissional que a assessora, estão mal informados e que a Proteção Respiratória nestes casos está sendo negligenciada.

Os custos futuros desse tipo de “economia” podem inviabilizar uma empresa pois o passivo trabalhista acumulado pode tornar impossível a continuação das atividades da empresa.

Portanto, não se pode fazer comparações de Custo X Benefício com respiradores , pois o benefício não tem nada a ver com a durabilidade, o benefício é a proteção da saúde do trabalhador e a eliminação de futuros problemas trabalhistas para a empresa.

Um respirador descartável pode ter uma estrutura firme que o mantém com aparência de novo, estando porém saturado e atrapalhando a respiração do usuário, pode dar a impressão de que é possível ser usado por mais tempo, porém o trabalhador só consegue usar se colocar errado, sem vedação correta, pois o ar que ele precisa passará pela falha de vedação. Essa colocação errada é responsável pelas reclamações de que o respirador provoca embaçamento no óculos de segurança.

Uma grande preocupação atual é com relação a certos filtros mecânicos constituídos por uma trama de fibras não tecidas bastante abertas, de tal forma que dependem muito da capacidade da carga eletrostática para retenção de partículas. Quando ensaiados de acordo com o método tradicional, com partículas de 0,4 mícron, naturalmente polarizadas durante o processo de nebulização, estes filtros apresentam ótimos resultados de desempenho (alta eficiência e baixa resistência a respiração). Porém, estes mesmos filtros quando utilizados em um ambiente de trabalho, tem uma forte tendência à degradação da carga eletrostática, sem a contrapartida do entupimento que manteria sua eficiência e desse uma indicação da necessidade de substituição. Nesta situação, o trabalhador ficará exposto ao contaminante sem que possa perceber uma diminuição na eficiência do filtro.

Este fator levou a uma mudança na norma de ensaio e aprovação de filtros mecânicos nos Estados Unidos , que tornaram-se mais rigorosas exigindo que os fabricantes mudassem completamente o processo de fabricação dos respiradores e filtros mecânicos, criando nomenclaturas diferentes como por exemplo a N95 , que indica um filtro não resistente a névoas oleosas e que pode reter 95% das partículas de teste, compostas de uma névoa de Cloreto de Sódio com tamanho de 0,4 a 0,6 microns.

O tipo N95 é o filtro menos eficiente permitido pelas normas americanas, e eqüivale no Brasil e na Europa aos filtros classe P2 , sendo que os nossos filtros P1 (retém 80% no mínimo das partículas de teste) não são mais permitidos nos EUA. Tanto no Brasil como na Europa , a classificação P1 continua válida respaldada pelas normas locais.

Os filtros N95 são indicados para proteção contra o bacilo da tuberculose (que é conduzido através do ar pelas partículas de saliva expelidas quando o doente tosse ou fala), por analogia , outros contaminantes biológicos como vírus, bactérias e fungos conduzidos pelo ar (geralmente estão também agregados a partículas de perdigoto, ou poeira , pois não tem motilidade própria) também podem ser evitados com o uso de respiradores N95 , os respiradores P2 ou PFF – 2 da 3M tem desempenho idêntico aos N95, a diferença maior é a designação (um é P2, outro N95).

Embora não haja neste momento no Brasil, Europa ou Estados Unidos qualquer norma que indique precisamente esses filtros para contaminantes biológicos, a Fundacentro está estudando a inclusão de uma referência ao tema na próxima revisão do Programa de Proteção Respiratória, que deve ficar pronta nos próximos meses.

A implantação de um Programa de Proteção Respiratória , é obrigatório desde 11 de Abril de 1994 (Instr. Normativa n-1 da SSST), e a Fundacentro edita um livreto que ensina como fazer, pois somente com esse programa (que é complemento do PPRA) é que se pode estabelecer as práticas e procedimentos corretos para uso de respiradores.

Osny Ferreira Camargo (autoria) Gerente de Laboratório para o Sul da América do Sul (Cone Sul) no departamento Soluções para Saúde Ocupacional e Segurança Ambiental.
Emilio C. P. Gouvêa (colaboração) Executivo de Vendas da 3M no no Dep. de Soluções para Saúde Ocupacional e Segurança Ambiental (Paraná)