sábado, 6 de março de 2010

Homenagem ao Dia Internacional da mulher

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História

• 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
• 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
• 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
• 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
• 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
• 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
• 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
• 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
• 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
• 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
• 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

Responsabilidade civil e criminal pelo acidente de trabalho

A polícia e o acidente de trabalho

Fonte http://segurancanotrabalho.eng.br

Determina o Art.132 do Código Penal Brasileiro:

"Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou eminente:

Pena - detenção de três meses a um ano se o fato não constitui crime mais grave"

Baseado, principalmente neste artigo do Código Penal o Delegado Geral da Polícia, Dr. Luiz Paulo Braga Braun, publicou a (Portaria DGP No.31) de 24 de Novembro de 1997 que dispõe sobre a atuação da Policia Civil na repressão às infrações penais relacionadas a Acidentes de Trabalho, e dá outras providências.

A Policia Civil, em conjunto com a DRT/SP e a Fundacentro publicaram Apostila com o intuito de instruir o Delegados da Policia, Sindicatos e vítimas a forma de atuar na ocorrência de um Acidente do Trabalho ou mesmo na iminência deste. Salientamos alguns pontos da Apostila:

De quem será a responsabilidade criminal pelo acidente ?

Do superior que tinha poderes para alterar a situação, e daquele que tinha o dever de informar as irregularidades existentes, bem como fornecer equipamento de proteção, de fiscalizar o trabalho e dar treinamento.

Quem pode legalmente representar o Acidentado ?

O próprio acidentado, se este puder se locomover até o Distrito ou Delegacia, seus familiares, pai, mãe, irmão, esposa ou qualquer outro parente que possa assumir a responsabilidade pela comunicação do acidente, no caso da impossibilidade do acidentado fazê-lo, um colega de trabalho, e os Sindicatos de Classe.

Que providências um Sindicato de Classe poderá tomar visando a prevenção dos acidentes ?

Este poderá denunciar à Delegacia de Polícia caso da ocorrência de um acidente (Petição 2) ou tenha conhecimento que a vida ou a saúde de empregados estiverem sujeitas a risco (Petição 1).

Inspeção Oficial do Órgão fiscalizador do MTE

Documentos exigidos pelo MTE em uma auditoria

Fonte: Redação http://segurancanotrabalho.eng.br/

Relacionamos abaixo os documentos exigidos pelo Ministério do Trabalho em uma possível fiscalização em sua empresa:

• Apresentar o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e informar qual o médico do trabalho coordenador do programa. (item 7.3 alíneas a e c NR 7);

• Comprovar custeio dos exames dos empregados relacionados ao PCMSO. (item 7.3.1 alínea b NR 7)

• Exibir Atestados de Saúde Ocupacional do PCMSO (exames médicos admissional, periódico e demissional). (item 7.4 e subitens NR 7)

• Apresentar o Laudo de Riscos Ambientais assim como o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). (itens 9.2 e 9.3 e subitens NR 9)

• Apresentar Mapa de Riscos Ambientais.
(item 5.16 alínea o NR 5)

• Responsável pela CIPA quando o estabelecimento não se enquadrar no quadro I. (item 5.3.3 NR 5)

• Apresentação do Livro de Inspeção do Trabalho.
(Art. 628. / 1º)

• Cartão do C.N.P.J.

• Número de empregados: Total:____ Homens:____ Mulheres:____ Menores: H:____ M:____

• Comprovante de Recolhimento de FGTS dos Empregados do últimos _____ meses.

• Fichas ou Livro de Registro dos Empregados. (artigo 41 da CLT)

• Apresentar Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (A.V.S.). (item 1.2 NR 1)

• Fichas ou Livro de Resgistro do SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho).
(item 4.1 NR 4)

• Protocolo da DRT/SP que encaminhou a Ala de Eleição, Instalação, Posse e Calendário Anual da Cipa, até 10 dias após a Eleição. (item 5.4.1 NR 5)

• Apresentar Folha de Votação para cada Eleição da Cipa dos últimos 3 anos. (item 5.5.4 NR 5)

• Prova de haver promovido a Sipat - Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho. (item 5.16 alínea c NR 5)

• Livro de Atas da Cipa. (item 5.16 alínea g NR 5)

• Prova de haver promovido o curso do Cipa para membros cipeiros e suplentes. (item 5.21 NR 5)

• Prova de ter entregue o Anexo I na DRT/SP. (item 5.22 alínea e NR 5)

• Exibir o CA (Certificado de Aprovação) dos EPI (Equipamento de Proteção Individual) utilizados na empresa. (item 6.5 NR 6)

• Prova de ter realizado teste audiométrico tonal na admissão, periódico e na demissão dos empregados expostos ao ruído. (item 7.4.2.1 NR 7)

• Apresentar resultado dos exames de controle biológico de agentes químicos dos trabalhadores expostos.
(item 7.4.2.1 NR 7)

• Indicar a localização da caixa de primeiros socorros e o nome da pessoa treinada. (item 7.5.1 NR 7)

• Prova de tr protegido a prédio contra descargas elétricas atmosféricas (pára-raios) apresentando o Laudo de Medição de Resitência Química. (item 10.2.3 NR 10)

• Apresentar Laudo Técnico sobre Condições de Segurança das Instalações Elétricas, elaborado por profissional qualificado. (item 10.3.2.7.1 NR 10)

• Prova de manter profissional qualificado e autorizado a trabalhar em Instalações Elétricas. (item 10.4.1.4 NR 10)

• Apresentar habilitações através de treinamento específico dos operadores de equiopamento de tranporte (empilhadeiras, etc). (item1.1.6 NR 11)

• Exibir Livro de Rergistro de Segurança, Protuário da(s) caldeira(s) além da aprovação prévia da "Área de Caldeira" ou "Casa de Caldeira". (item 13.1.6 e 13.?.1 NR 13)

• Prova de Habilitação do(s) Operador(es) de caldeira. (item 13.3.5 e alíneas NR 13)

• Exibir RIC (Relatório de Inspeção de Caldeira). (item 13.5.11 NR 13)

• Apresentar Livro(s) de Registro de Segurança do(s) Recipiente(s) de gas(es) sob pressão e ar comprimido. (item 13.6.5 alínea a e b NR 13)

• Apresentar "Projeto de Instalação" de Recipiente(s) sob pressão ou ainda o "Projeto Alternativo de Instalação"aprovado pela DRT/SP.
(itens 13.7.5 e 13.7.6 NR 13)

• Apresentar Laudo do(s) "Relatório de Inspeção" do(s) Reservatório(s) de gas(es) e ar comprimido.
(item 13.10.1 NR 13)

• Apresentar comprovantes de pagamento dos adicionais de insalubridade( ) e periculosidade( ).
(item 15.2 NR 15 e item 16.2 NR 16)

• Apresentar Laudo de Avaliação de Análise Ergonômica do Trabalho. (item 17.1.2 NR 17)

• Apresentar Laudo Técnico de Iluminação observando os limites da NBR 5413. (item 17.5.3.3 NR 17)

• Apresentar comprovante do treinamento da Brigada de Incêndio. (item 23.8.5 NR 23)

• Apresentar Ficha de controle de Instalação dos extintores. (item 23.14.1 NR 23)

Noções de Conservação Auditiva

Audição e Trabalho
Fonte: redação do http://segurancano trabalho.eng.br

A audição é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos seres humanos. As perdas auditivas figuram entre as mais frequentes doenças relacionadas ao trabalho. São provocadas principalmente por exposição a ruído, agentes químicos, radiações ionizantes e acidentes com traumatismo craniano. Acometem pessoas com desenvolvimento normal que vêem suas capacidades humanas serem reduzidas progressivamente. Podem ainda fazer com que trabalhadores tenham cerceada sua ascensão hierárquica ou o acesso a um novo emprego, às vezes apenas por uma leve alteração do exame que avalia a audição.

Estima-se que mais da metade dos trabalhadores da indústria cumpre sua jornada em ambientes com a presença do ruído e dos outros agentes. Não se dispõe de informações precisas acerca do número de trabalhadores acometidos do problema, mas pelas amostras de indústrias que divulgam seus dados, de 10 a 60% dos trabalhadores expostos a essas condições sofrem algum grau de lesão auditiva. Somando-se aos trabalhadores de outras atividades, como a agropecuária, o comércio e algumas outras modalidades de serviços, o número de vítimas do agravo atinge proporções preocupantes.

Agentes nocivos à audição do trabalhador

A exposição ao ruído é a principal causa das perdas auditivas relacionadas ao trabalho. O ruído é um agente físico emitido em boa parte dos processos industriais, máquinas, ferramentas, motores e fones de ouvido. A exposição do trabalhador pode ser constante ou intermitente. O tempo de exposição, a intensidade do ruído e a susceptibilidade do indivíduo têm relação direta com a severidade dos agravos à saúde. Seus efeitos nocivos à saúde humana não se restringem à audição, não sendo raros os distúrbios emocionais, cardiovasculares, fadiga e stress. Nos ouvidos a capacidade lesiva do ruído se concentra nas células ciliadas da cóclea, o que traz por consequência uma perda auditiva de tipo neuro-sensorial.

A exposição a produtos químicos nos ambientes de trabalho e sua relação com as perdas auditivas dos trabalhadores é frequentemente negligenciada. Solventes orgânicos e metais pesados estão comprovadamente relacionados ao agravo, mas a estimativa é de que muitos outros compostos com ação neuro-tóxica possam também lesar o ouvido humano.

Radiações ionizantes, principalmente as relacionadas a raios-x, são uma causa menos frequente de perda auditiva, por ser menor o número de trabalhadores expostos. Perdas auditivas ocasionadas por traumatismos cranianos, com ou sem fratura de osso temporal, podem ser consequências de acidentes no trabalho ou no trajeto.

Queixas relacionadas à audição

Perda auditiva: as perdas auditivas relacionadas ao trabalho, principalmente as induzidas pelo ruído, geralmente progridem enquanto persistir a exposição. Em seus estágios iniciais costumam ser completamente assintomáticas, uma vez que a lesões se iniciam na região da cóclea responsável por escutar sons de alta frequência, não muito importantes para as situações habituais da vida. Com o passar dos anos, à medida que a lesão avança para regiões auditivas mais nobres, o trabalhador começa a notar dificuldade para compreender o que é falado em ambientes movimentados ou barulhentos, na televisão e no telefone. É comum, nesta fase, a queixa de que o trabalhar escuta a fala com intensidade, mas não compreende o que está sendo dito. Finalmente, em estágios mais avançados da doença, felizmente de progressão mais lenta, a identificação da fala fica comprometida até mesmo em ambientes silenciosos.

Zumbidos: estima-se que quase metade do trabalhadores acometidos do agravo notam algum grau de zumbido nos ouvidos. Podem aparecer em qualquer estágio da perda auditiva. Em trabalhadores com perdas auditivas leves costuma ser a primeira manifestação da doença. Zumbidos severos podem ser incapacitantes e provocar o afastamento definitivo de ambientes com ruído.

Examinando o trabalhador e sua audição

Exame físico: o exame dos ouvidos é realizado através da otoscopia. Uma vez que a perda auditiva relacionada ao trabalho ocorre no ouvido interno, sem qualquer manifestação visível através da membrana timpânica, a otoscopia normal é o resultado esperado ao se examinar o trabalhador. Qualquer tipo de alteração visualizável não costuma ser relacionada ao trabalho.

Exames complementares: o exame audiométrico é o indicado para avaliar a audição do ser humano, por razões técnicas e legais. É um exame subjetivo, sujeito a interferências de diversos fatores, mas tem se revelado útil e confiável no acompanhamento do trabalhadores. A perda auditiva relacionada ao ruído é sempre neuro-sensorial. Inicia em altas frequências, geralmente em 4000 ou 6000 Hertz, e com o passar dos anos pode comprometer frequências mais baixas. Não leva à surdez profunda, mas chega a provocar alterações severas a altas frequências e moderadas em frequências médias e baixas. Outro exames de audição não são usados rotineiramente no acompanhamento dos trabalhadores, ficando restritos às situações de investigação etiológica.

Como tratar as perdas auditivas

As perdas auditivas neuro-sensoriais relacionadas ao trabalho são irreversíveis, não dispõem de tratamento medicamentoso ou cirúrgico. A prevenção é única arma disponível no combate ao agravo. Devem ser prevenidos o desencadeamento de novos casos, o agravamento dos casos já existentes e as sequelas sociais decorrentes da doença.

A prevenção das perdas auditivas relacionadas ao trabalho se faz principalmente pela melhoria dos ambientes de trabalho, com a eliminação ou o controle rigoroso dos riscos existentes. Paralelamente devem ser implantadas medidas de proteção individual, que nada mais são do que o uso paliativo de protetores auditivos tipo plug ou concha até que as medidas ambientais sejam implantadas. A manutenção de um programa de conservação auditiva por parte dos empregadores é a forma de organizar de forma racional as medidas a serem adotadas.




Contador Grátis
ORDEM DE SERVIÇO (O.S.) POR ATIVIDADE

SEGURANÇA DO TRABALHO

Data Elaboração: Data Última Revisão:

Função: Gerente de Produção Setor: Produção

1. Descrição da Função

Auxiliar o operador durante a fabricação. Cuidar de peças necessárias para a manutenção e providenciar a sua compra. Coordenar manutenção. Enviar peças para o almoxarifado para ser temperada. Conferir peças que voltam da têmpera. Calcular montagem para máquinas. Acompanhar o processo in loco.

2. Agentes de Risco Associados às Atividades

• Ruído: Equivalente a 78,8 dB (A), atenuado pelo uso efetivo e rotineiro do protetor auditivo.
• Óleo.

3. EPI's de Uso Obrigatório

• Protetor auricular tipo concha ou plug de inserção;
• Creme protetor para pele das mãos e braços;
• Óculos de segurança.

4. Recomendações

• Atenção e cuidado com as partes móveis da máquina, não mantenham contato direto com o equipamento em movimento.
• Fume somente nos locais permitidos que estão sinalizados.
• Comunique a CIPA qualquer irregularidade que possa colocar você ou seus companheiros em risco de acidentes.
• Não remova ou ultrapasse as proteções existentes na área.
• Atenção e cuidado durante a utilização das mangueiras de ar comprimido, não a usem contra o corpo.
• Use os EPI's designados a sua função.
• Sua área de trabalho apresenta materiais combustíveis, portanto, há riscos de incêndio, respeite as sinalizações de segurança da máquina e da fábrica.
• Comparecer ao departamento médico para exames periódicos sempre que solicitado.

5. Procedimentos em caso de acidentes

Todo e qualquer acidente de trabalho, deverá ser comunicado para o superior imediato, na falta deste para o membro da CIPA e / ou ao DP, para que possa ser providenciada a emissão da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho, cujo prazo é de 24 horas.
Obs.: O acidente não comunicado, não será considerado para efeitos legais.

6. Observações

• As orientações aqui contidas não esgotam o assunto sobre prevenção de acidentes, devendo ser observadas todas as instruções existentes, ainda que verbais em especial as Normas e Regulamentos da Empresa.
Não executar qualquer atividade sem treinamento e pleno conhecimento
dos riscos e cuidados a serem observados.

Aprovação: Data:


CIPA: Data:


PORTARIA 3214 DE 8 DE JUNHO DE 1978
NORMA REGULAMENTADORA NÚMERO 1 (NR 1) DISPOSIÇÕES GERAIS


1.7. CABE AO EMPREGADOR:

a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

b) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:

• prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;
• divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir;
• dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas;
• determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;
• adotar medidas determinadas pelo MTB;
• adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho.

c) Informar aos trabalhadores:
• os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
• os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
• os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
• os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

1.8. CABE AO EMPREGADO:

a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) Usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
d) Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR.

1.8.1. Constitui ato faltoso, a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior.

Declaro que recebi Nome da Empresa as orientações que fazem parte deste documento, bem como, cópia do mesmo, comprometendo-me a seguir as orientações nele contidas e reconhecendo serem elas indispensáveis à minha segurança e à de meus colegas de trabalho. Também afirmo ter recebido os epis de utilização obrigatória na minha função e comprometo-me a utilizá-los durante toda a minha jornada de trabalho, solicitando sua substituição sempre que necessário.


NOME: ASSINATURA:
EPI- EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Definição: Dispositivo de uso individual, utilizado para proteger a integridade física do trabalhador.

Tipos: Proteção para a cabeça, proteção visual, proteção para a face, proteção para os membros inferiores e superiores, proteção respiratória, proteção auditiva e proteção contra quedas.

Obrigações do Empregador

 Fornecer ao empregado somente EPIs aprovado pelo MTb;
 Treinar o trabalhador sobre o uso adequado;
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
 Comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada no EPI
 Disponibilizar gratuitamente EPIs;

Obrigações dos Empregados:

 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.


Guarda e conservação:

Todo EPI, deve ser guardado e conservado em local adequado, longe de locais pontiagudos, úmidos, com temperaturas extremas, nem expostos a óleos ou graxas. Os EPIs devem ser inspecionados periodicamente, afim de se verificar qualquer dano ou deformação que os tornem impróprios para o uso. Anéis, relógios, jóias e objetos afiados devem ser evitados.

Certificado de Aprovação- CA:

Todo dispositivo de proteção individual, deve possuir o certificado de aprovação em caracteres indeleves, como prova que foi testado e aprovado pelo Ministério do Trabalho.

Conseqüências do Não Uso dos EPIs:

 Lesões corporais;
 Perdas materiais;
 Multas para a empresa;
 Doenças profissionais.
POSTURA EM LABORATÓRIOS

Algumas das principais causas de acidentes em laboratórios são a falta de instrução, a não utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual e de práticas de trabalho não condizentes com o ambiente laboratorial. Estas práticas se resumem a uma série de normas e procedimentos de segurança que, quando bem utilizados, podem ajudar a evitar acidentes e aumentar a conscientização das pessoas que trabalham em laboratórios.

PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE PESQUISA E DE ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E MICROBIOLÓGICAS

1. Use sempre óculos de segurança e avental, de preferência de algodão,
longo e de mangas longas.

2. Não use saias, bermudas ou calçados abertos. Pessoas que tenham
cabelos longos devem mantê-los presos enquanto estiverem no laboratório.

3. Não trabalhe sozinho, principalmente fora do horário de expediente.

4. Não fume, coma ou beba nos laboratórios. Lave bem as mãos ao deixar o
recinto.

5. Ao ser designado para trabalhar em um determinado laboratório, é
imprescindível o conhecimento da localização dos acessórios de
segurança e como utiliza-los corretamente em casos de emergência.

6. Antes de usar reagentes que não conheça, consulte a bibliografia
adequada e informe-se sobre como manuseá-los e descartá-los.

7. Não retorne reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham
sido usados. Evite circular com eles pelo laboratório.

8. Não use nenhum equipamento em que não tenha sido treinado ou
autorizado a utilizar.

9. Certifique-se da tensão de trabalho da aparelhagem antes de
conectá-la à rede elétrica. Quando não estiverem em uso, os aparelhos
devem permanecer desconectados.

10. Use sempre luvas de isolamento térmico ao manipular material quente.

11. Nunca pipete líquidos com a boca. Neste caso, use bulbos de borracha
ou trompas de vácuo.

12. Quando iniciar um novo procedimento, imagine os possíveis casos de acidente, como evitá-los e o que fazer caso ocorram. Isso torna o socorro muito mais rápido e eficiente, podendo salvar vidas;

Laboratório não é lugar para brincadeiras!

Concentre-se no que estiver fazendo.

ARMAZENAGEM

1. Evite armazenar reagentes em lugares altos e de difícil acesso.

2. Não estoque líquidos voláteis em locais que recebem luz.

3. Éteres, parafinas e oleifinas formam peróxidos quando expostos ao ar.

Não os estoque por tempo demasiado e manipule-os com cuidado.

4. Consulte a bibliografia indicada para obter informações sobre a
estocagem de produtos químicos, assegurando que reagentes incompatíveis
sejam estocados separadamente.

MATERIAIS DE VIDRO E CONEXÕES

1. Ao usar material de vidro, verifique sua condição. Lembre-se que o
vidro quente pode ter a mesma aparência que a do vidro frio. Qualquer
material de vidro trincado deve ser rejeitado.

2. Vidros quebrados devem ser descartados em recipiente apropriado.
3. Use sempre um pedaço de pano protegendo a mão quando estiver cortando
vidro ou introduzindo-o em orifícios. Antes de inserir tubos de vidro
(termômetros, etc.) em tubos de borracha ou rolhas, lubrifique-os.

4. Nunca use mangueiras de látex velhas. Faça as conexões necessárias
utilizando mangueiras novas e braçadeiras.

5. Tenha cuidado especial ao trabalhar com sistemas sob vácuo ou pressão.
Dessecadores sob vácuo devem ser protegidos com fita adesiva e colocados
em grades de proteção próprias.

6. Antes de iniciar o experimento verifique se todas as conexões e
ligações estão seguras.

A REALIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS

1. Nunca adicione água sobre ácidos e sim ácidos sobre água.

2. Ao testar o odor de produtos químicos, nunca coloque o produto ou o
frasco diretamente sob o nariz.

3. Quando estiver manipulando frascos ou tubos de ensaio, nunca dirija a
sua abertura na sua direção ou na de outras pessoas.

4. Fique atento às operações onde for necessário realizar aquecimento.
5. Cuidado para não se queimar ao utilizar nitrogênio ou CO2 líquidos.

6. A destilação de solventes, a manipulação de ácidos e compostos
tóxicos e as reações que exalem gases tóxicos são operações que devem
ser realizadas em capelas, com boa exaustão.
7. As válvulas dos cilindros devem ser abertas lentamente com as mãos ou
usando chaves apropriadas. Nunca force as válvulas, com martelos ou
outras ferramentas, nem as deixe sobre pressão quando o cilindro não
estiver sendo usado.

8. Sempre que possível, antes de realizar reações onde não conheça
totalmente os resultados, faça uma em pequena escala, na capela.

9. Ao trabalhar com reações perigosas (perigo de explosão, geração de
material tóxico, etc) ou cuja periculosidade você desconheça, proceda da
seguinte forma:

a) avise seus colegas de laboratório;

b) trabalhe em capela com boa exaustão, retirando todo tipo de
material inflamável. Trabalhe com a área limpa.

c) use protetor acrílico;

d) tenha um extintor por perto, com o pino destravado.

10. Ao se ausentar de sua bancada ou deixar reações em andamento à noite
ou durante o fim de semana, preencha a ficha de identificação adequada.
Caso esta não esteja disponível, improvise uma e coloque-a em local
visível e próximo ao experimento. Nela devem constar informações sobre a
reação em andamento, nome do responsável e de seu superior imediato, com
endereço e telefone para contato, além de informações de como proceder
em caso de acidente ou de falta de água e/ou eletricidade.

11. O último usuário, ao sair do laboratório, deve desligar tudo e
desconectar os aparelhos da rede elétrica.

OS RESÍDUOS

1. Os resíduos de solventes de reações e de evaporadores rotativos devem
ser colocados em frascos apropriados para descarte, devidamente
rotulados.
Evite misturar os solventes. Sugere-se a seguinte separação:
Solventes clorados, Hidrocarbonetos, Álcoois e Cetonas, Éteres e Ésteres, Acetatos e Aldeídos. Sempre que possível indique também os componentes percentuais aproximados pois este tipo de resíduo costuma ser incinerado por empresas especializadas que exigem uma descrição minuciosa do material que recebem. Verifique se é viável recuperar estes resíduos no seu laboratório.

2. Os resíduos aquosos ácidos ou básicos devem ser neutralizados na pia
antes do descarte, e só então descartados. Para o descarte de metais
pesados, metais alcalinos e de outros resíduos, consulte antecipadamente
a bibliografia adequada.

3. O uso de solução sulfocrômica para limpeza vem sendo proibido na
maioria dos laboratórios. Caso precise utilizá-la, nunca faça o descarte
diretamente na pia.

ACESSÓRIOS DE SEGURANÇA

Quando estiver trabalhando em um laboratório, você deve:

1. Localizar os extintores de incêndio e verificar a que tipo pertencem
e que tipo de fogo podem apagar.

2. Localizar as saídas de emergência.
3. Localizar a caixa de primeiros socorros e verificar os tipos de
medicamentos existentes e sua utilização.

4. Localizar a caixa de máscaras contra gases. Se precisar usá-las,
lembre-se de verificar a existência e qualidade dos filtros adequados à
sua utilização.

5. Localizar a chave geral de eletricidade do laboratório e aprender a
desligá-la.

6. Localizar o lava-olhos mais próximo e verificar se está funcionando
adequadamente.

7. Localizar o chuveiro e verificar se este está funcionando
adequadamente.

8. Informar-se quanto aos telefones a serem utilizados em caso de
emergência (hospitais, ambulância, bombeiros, etc.).
IMPORTANTE: Além de localizar estes equipamentos, você deve saber
utiliza-los adequadamente. Assim, para referência rápida, consulte a
pessoa responsável pela segurança do laboratório ou os manuais
especializados no assunto.

Texto preparado por:
Aline Renée Coscione ( Universidade Estadual de Campinas, I.Q )
Alex Magalhães de Almeida ( Universidade Estadual de Campinas, I.Q.)
João Carlos de Andrade ( Universidade Estadual de Campinas, I.Q.)
Rogério Custodio. ( Universidade Estadual de Campinas, I.Q.)

sexta-feira, 5 de março de 2010


Medidas de Segurança para manuseio e armazenagem de Produtos Químicos

1. Adquirir, sempre, a quantidade mínima necessária às atividades do laboratório. Produtos químicos faltando rótulo ou com a embalagem violada não devem ser aceitos.

2. Selar as tampas dos recipientes de produtos voláteis em uso com filme inerte, para evitar odores ou a deterioração do mesmo, se estes forem sensíveis ao ar e/ou umidade.

3. Não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas; garrafas grandes devem ser colocadas no máximo a 60 cm do piso.

4. Não armazenar produtos químicos dentro da capela, nem no chão do laboratório.

5. Se for utilizado armário fechado para armazenagem, que este tenha aberturas laterais ou na parte superior, para ventilação, evitando-se acúmulo de vapores.

6. Observar a compatibilidade entre os produtos químicos durante a armazenagem; e reservar locais separados para armazenar produtos com propriedades químicas distintas (corrosivo, solvente, oxidante, pirofosfóricos, reativo). Não colocar, por exemplo, ácidos próximos a bases; hidróxido de amônio deve ser colocado em armário ventilado, preferencialmente separado de outros produtos.

7. As áreas (prateleiras) ou os armários de armazenagem devem ser rotulados de acordo com a classe do produto que contém.

8. Manter na bancada a quantidade mínima necessária de produtos químicos. No caso de mistura de produtos, lembrar que a mesma possui o nível de risco do componente mais perigoso.

9. Considerar de risco elevado os produtos químicos desconhecidos.

10. Manter no laboratório substância(s) neutralizadora(s) para caso de derramamentos acidentais de produtos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Segurança do Trabalho de A a Z

Nesse arquivo você conhecerá as principais terminologias referentes à segurança e a saúde do trabalhador

http://www.easy-share.com/1909457438/enciclopedia.doc

Instruções de download: copiar o link acima em sua barra de endereços e esperar carregar o aruqivo.

Apostila de Prevenção e Controle de Perdas

http://www.easy-share.com/1909457332/Controle de Perdas_TEORIA.doc

Detalhamento de Cálculos de Estatística de Acidentes do Trabalho: Taxas de Frequência e de Gravidade

ACIDENTES DO TRABALHO – AVALIAÇÃO ANUAL.

Mapa – Entrega até 31 de janeiro – Registro mensal Quadro III a VI.

Compete aos profissionais integrantes dos serviços Especializados em Engenharia de segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), entre outros, registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes dos Quadros III, IV, V e VI anexos à portaria SSMT nº 33/83 (Bol. IOB nº 33/83, pág. 735, Cad. TL).
Notas:
1ª) O SESMT é integrado por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
2ª) Conforme o grau de risco da atividade principal e o número total de empregados existentes no estabelecimento, as empresas privadas e públicas devem manter os serviços especializados (SESMT), com finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de.
A empresa encaminha um mapa contendo avaliação anual dos citados dados, até 31 de janeiro, ao órgão regional de MTb (subitem 4.12, letra “i”, da referida Portaria).
Para preenchimento dos mapas, segundo esclarece o órgão próprio do MTb em Brasília, observar:

ACIDENTES COM VÍTIMA
Quadro III


• Nº ABSOLUTO:
Número de empregados acidentados.
• Nº ABSOLUTO C/ AFASTAMENTO < 15 DIAS:
Afastamento iguais ou inferiores a 15 dias.
NOTA:
Considera-se afastamento a ausência por jornada integral de trabalho.
• Nº ABSOLUTO C/ AFASTAMENTO > 15 DIAS:
Afastamento superiores a 15 dias.
• Nº ABSOLUTO SEM AFASTAMENTO:
Número de empregados que retornaram ao serviço no mesmo dia ou no dia seguinte ao do afastamento (perda parcial da jornada de trabalho).
• ÍNDICE RELATIVO/TOTAL DE EMPREGADOS:
Resultado da divisão do número de acidentes pelo número total de empregados do estabelecimento, multiplicado por cem.
Fórmula:
Ind. Rel./Total Empr.= nº acidentes x 100
Nº empregados
• DIAS/HOMEM PERDIDOS:
Resultado obtido da divisão do total de horas não trabalhadas por empregados acidentados pelo número de horas correspondentes à jornada normal de trabalho da empresa.
• TAXA DE FREQUÊNCIA:
Aplicar a seguinte fórmula:
Taxa de freqüência = N x 1.000.000, sendo:
H
N = número de acidentes com lesão ou número absoluto de quadro;
H = homem/hora de exposição ao risco. Produto do número de empregados pela jornada de trabalho normal da empresa, vezes o número de dias úteis do ano (variável).
1.000.000 = constante da fórmula
• ÓBITOS:
Mencionar o respectivo número.
• ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE:
Divisão do número de dias/homem perdidos pelo número de acidentes com lesão, ou número absoluto do quadro.
Ex: Em oficina de empresa com a média anual de 200 empregados e jornada diária de 7 horas e 20 minutos, ocorrem acidentes com 4 empregados:
1º - ferimento leve que o impede de trabalhar parte do dia do acidente (4 horas);
2º - afasta-se por 10 dias;
3º - afastado 14 dias;
4º - ausente 60 dias.

Quadro III

Acidentes com/Vitima Data do Mapa___/___/___
Responsável:_______________________ Ass.:_________________

Setor Nºabsoluto Nº absolutoC/ afastamento< 15 dias Nº absolutoC/ afastamento> 15 dias Nº absoluto sem afastamento Índice relativo/Total de empregados(1) Dias/homemPerdidos(2) Taxa de freqüência(3) Óbitos Índice de avaliação da gravidade(4)
Oficina 04 02 01 01 02 84,5454 8,8548 0 21,1363
Total doEstabelecimento 04 02 01 01 02 84,5454 8,8548 0 21,1363

• DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO:
(1) Índice relativo/Total de empregados:
Nº de acidentes x 100 4 x 100 = 2
Nº de empregados 200
(2) Dias/homem perdidos:
Total de horas não trabalhadas pelos empregados acidentados
Jornada normal de trabalho da empresa
1 x 4 + 10 x 7h e 20 min + 14 x 7h e 20 min + 60 x 7h e 20 min
7h e 20 min
Obs.: Para facilidade de cálculo, substituir a jornada diária normal pelo seu valor equivalente em número decimal =
= 7,3333(44 h semanais )
6 dias
(1 x 4) + (10 x 7,3333) + (14 x 7,3333) + (60 x 7,3333) =
7,3333
4 + (84 x 7,3333) = 619,9972 = 84,5454
7,3333 7,3333
(3) Taxa de freqüência:
Nº de acidentes com lesão ou nº absoluto do quadro x 1.000.000
Nº de empregados x jornada normal de trabalho x nº de dias úteis do ano
4 x 1.000.000
200 x 7h e 20 min x 308
4 x 1.000.000 = 4.000.000 = 8,8548
200 x 7,3333 x 308 451.731,28

NOTA:

Neste exemplo, para a apuração dos 308 dias úteis em 1994, excluíram-se os domingos e feriados nacionais. Contudo, as empresas devem observar, também, os feriados municipais da respectiva região.
(4) Índice de avaliação da gravidade:
Nº de dias/homem perdidos
Nº de acidentes c/ lesão ou nº absoluto do quadro
84,5454 = 21,1363
4

DOENÇAS OCUPACIONAIS
Quadro IV


Preencher no caso de doenças profissionais adquiridas pelo exercício da atividade.
• TIPO DE DOENÇA:
Denominação da doença.
• NÚMERO ABSOLUTO DE CASOS:
Quantidade de empregados acometidos.
• SETORES DE ATIVIDADE DOS PORTADORES:
Local de ocorrência. Ex.: oficina, laboratório, etc.
• NÚMERO RELATIVO DE CASOS (%TOTAL EMPREGADOS):
Estabelecer a relação proporcional entre o total de empregados e o número de casos de incidência da moléstia.
Por regra de três simples, tem-se:
A 100%
B X

X = B x 100%, onde:
A
A = nº total de empregados
B = nº absoluto de casos
• Nº DE ÓBITOS:
Quando ocasionados pela doença.
• Nº TRABALHADORES TRANSFERIDOS PARA OUTRO SETOR:
Empregados transferidos para outras seções, por motivo de saúde.
• Nº DE TRABALHADORES DEFINITIVAMENTE INCAPACITADOS:
Empregados aposentados por invalidez causada pela doença.
Ex.: Em oficina de empresa, com a média anual de 200 empregados, do ramo de porcelana esmaltada por decomposto de chumbo, dois trabalhadores contraem pneumoconiose, dos quais um aposenta-se por invalidez.

Quadro IV

Doenças Ocupacionais Data do Mapa___/___/___
Responsável:______________________________ Ass.:__________________
Tipo de doença Nº absoluto de casos Setores de atividade dos portadores(*) Nº relativo de casos (% total empregados) Nº de óbitos Nº trabalhadores transferidos para outro setor Nº de trabalhadores definitivamente incapacitados
Pneumoconiose 2 Setor oficina 1% (**) 0 0 1
(*) Codificar no verso. Por exemplo: 1 – Setor embalagem; 2 – Setor montagem.
(**) Demonstrativo de cálculo: 200 100 X = 2 x 100 = 1
2 x 200

INSALUBRIDADE
Quadro V

Identificação de agentes insalubres.
• SETOR:
Local onde existe o agente.
• AGENTES IDENTIFICADOS:
Causadores da insalubridade. Menciona-se os agentes químicos ou físicos, tais como ruído, chumbo, calor, frio etc.
• INTENSIDADE OU CONCENTRAÇÃO:
Grau de insalubridade: máximo, médio ou mínimo, conforme o caso.
Obs.: Se a avaliação puder ser feita por meio de aparelho de medição, colocar o número correspondente à leitura.
Ex.: 90 DB (grau de ruído medido por decibelímetro).
• NÚMERO DE TRABALHADORES EXPOSTOS:
Número de empregados do setor.
Ex.:
Baseado no exemplo anterior, tem-se:
Quadro V
Insalubridade Data do Mapa ___/___/___
Responsável:______________________ Ass.:__________________
SETOR AGENTES IDENTIFICADOS INTENSIDADE OU CONCENTRAÇÃO Nº DE TRABALHADORES EXPOSTOS
Oficina Chumbo Grau médio 200

ACIDENTES SEM VÍTIMA
Quadro VI


Refere-se à estatística dos acidentes do trabalho na empresa.
• SETOR:
Local de trabalho onde ocorreu o acidente.
• Nº DE ACIDENTES:
Acidentes ocorridos no período.
• PERDA MATERIAL AVALIADA:
Custo total da paralisação provocada pelo acidente, incluindo: pagamento ao empregado (até 15 dias), reparo de máquina (se houve quebra), prejuízos causados à produção pela paralisação.
Inserir número inteiro que represente em milhares de reais (R$) o valor avaliado. Despreza-se a fração de milhar, se houver.
-ACID. SEM VÍTIMA
-ACID. COM VÍTIMA
Demonstrar em forma ordinária, com o número de empregados acidentados sem afastamento do trabalho sobre o número de empregados acidentados com afastamento.
• TOTAL DO ESTABELECIMENTO:
Número total de empregados.
Ex.:
Aproveitando o enunciado do Quadro III, tem-se:

Quadro VI

Acidentes sem vítima Data do Mapa ___/___/___
Responsável: _____________________ Ass.: _________________
SETOR Nº DE ACIDENTES PERDA MATERIAL AVALIADA (R$ 1.000,00) ACID. S/ VÍTIMAACID. C/ VÍTIMA OBSERVAÇÕES(*)
Oficina 4 300 13
Total do estabelecimento (200) 4 300 13
(*) Para observações oportunas da empresa.
Portaria SSMT Nº 33, DE 27/10/83, DOU DE 31/10/83, BOL. IOB Nº 33/83, PÁG. 735

quarta-feira, 3 de março de 2010

Segurança na Movimentação de Materiais

Tipos de equipamentos de movimentação de materiais

Existem cinco tipos de equipamentos de movimentação de materiais : veículos industriais, equipamentos de elevação e transferência, transportadores contínuos, embalagens, recipientes e unitizadores e estruturas para armazenagem.

1. Veículos Industriais
São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas intermitentes, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função primaria é transportar e ou manobrar.

Os tipos mais comuns são: Carrinhos industriais, empilhadeiras, rebocadores, autocarrinhos (AGV) e guindastes autopropelidos.

São utilizados tanto junto ao processo de produção como no de armazenagem para não só transportar cargas, mas também coloca-las em posição conveniente. Sua principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga.

2. Equipamentos de elevação e transferência


São equipamentos destinados a mover cargas variadas para qualquer ponto dentro de uma área fixa, onde a função principal é transferir. Os tipos mais comuns são: talhas, guindastes fixos, Ppntes rolantes, pórticos e semi-pórticos.São aplicados onde se deseje transferir materiais pesados, volumosos e desajeitados em curtas distâncias dentro de uma fábrica.

3. Transportadores Contínuos

São mecanismos destinados ao transporte de graneis e volumes em percursos horizontais, verticais ou inclinados, fazendo curvas ou não e com posição de operação fixa. São formados por um leito, onde o material desliza em um sistema de correias ou correntes sem fim acionadas por tambores ou polias.

Principais tipos são: Correias planas ou côncavas, elemento rolantes: rodízios, rolos ou esferas, correntes : aéreas ou sob piso, taliscas e elevador de caçamba contínuo. São utilizados onde haja grande fluxo de material a ser transportado em percursos fixos.

4. Embalagem


Embalar um produto significa dar-lhe forma para sua apresentação, proteção, movimentação e utilização, a fim de que possa ser comercializado e manipulado durante todo o seu clico de vida. A embalagem precisa ser idealizada, levando-se em conta que uma mercadoria deverá passar por três fases de manuseio, quando comercializada, quais sejam:
- no local da produção, quando será embalada e armazenada;
- no transporte, quando sofrerá os efeitos do seu deslocamento de um ponto a outro, incluindo os transbordos;
- no seu destino final, quando terá outras manipulações.

Via de regra, as mercadorias devem ser embaladas pelo vendedor, tendo em vista a proteção durante transporte, movimentação, armazenagem, comercialização e consumo.

A embalagem pode ser primária, de consumo, e proteger diretamente o produto. Ou secundária, de transporte, servindo para proteger a embalagem primária.

A embalagem primária tem finalidade de identificar o produto, informando suas características; demonstrar o modo de usá-lo; conferir-lhe uma aparência atraente para a venda e apresentá-lo, já que muitas vezes isto não será possível sem uma embalagem. A embalagem pode ter os mais variados tamanhos e formatos, e ser constituída de vários tipos de materiais, como vidro, plástico, alumínio, papel, papelão, PET (polietileno tereftalato), etc..
A embalagem secundária é aquela que visa unitizar as embalagens primárias em pequenas unidades, de maneira uniforme, permitindo a sua comercialização, possibilitando ou facilitando a manipulação mais adequada da mercadoria.

Um dos grandes motivos de perdas ou avaria nas mercadorias durante a armazenagem, manuseio e transporte é a concepção da embalagem, que pode ser inadequada para determinado produto ou não atender aos requisitos mínimos de proteção e segurança. A embalagem está intimamente ligada à Logística de Distribuição de mercadorias, recebendo tratamento diferenciado as embalagens destinadas ao Comércio Exterior e as desenvolvidas para o mercado doméstico.
No mercado doméstico, os produtos são tratados de acordo com as normas do próprio país de origem, sem maiores sobressaltos e com problemas e virtudes conhecidos.

No Comércio Exterior, deve-se levar em conta o transporte de longa distância que exige mais resistência das embalagens, pois estarão sujeitas a condições desconhecidas de manipulação, sendo que eventuais avarias por inadequação da embalagem, poderão trazer problemas a lote exportado, assim como, à imagem da empresa e à continuidade das vendas. Outro ponto importante , no que tange às embalagens no Comércio Exterior, é o atendimento às exigências e características especiais solicitadas pelos importadores e à legislação em vigor nesses países. As cargas para o transporte devem ser, sempre que possível, unitizadas para facilitar o seu transporte e dar maior proteção às mercadorias, o que pode ser feito por meio de contêineres, “big bags” ou “pallets”;

Unitização

Corresponde à alocação de um conjunto de mercadorias em uma única unidade com
dimensões padronizadas, o que facilita as operações de armazenamento e movimentação da carga sob forma mecanizada. Não constitui propriamente uma embalagem, é um acessório para o deslocamento ou tranporte de carga, não integrando o produto ou o conjunto de produtos armazenados.

Paletização

Utilização de plataforma de madeira ou estrado destinado a suportar carga, fixada por meio de cintas, permitindo sua movimentação mecânica com o uso de garfos de empilhadeira ou guindastes mecânicos específicos para esse fim, obedecendo padrões, onde permite que o guindaste movimente o pallet por dois lados ou por quatro lados com seus garfos, permitindo ainda que a carga seja paletizada, envolvida em filme PVC

Conteinerização

Colocação da carga em contêiner ("cofre de carga"), que é um recipiente construído de material resistente o suficiente para suportar uso repetitivo, destinado a propiciar o transporte de mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez, permitindo fácil carregamento e descarregamento e adequado à movimentação mecânica e ao transporte por diferentes equipamentos. As opções de utilização no transporte marítimo são os conteineres de 20” e 40” (pés) , com sua classificação para cada tipo de carga, como por exemplo :


Tipos de Contêineres

- Conteiner de teto aberto (Open Top) - Utilizado para cargas pesadas em sua totalidade, com encerado para cobertura na parte de cima do mesmo. Muito utilizado para máquinas e equipamentos que são maiores que as dimensões da porta do conteiner e são colocadas pela parte superior.

- Conteiner térmico (aquecido ou refrigerado): Utilizado para produtos que requer temperatura constante durante seu transporte para não alterar sua qualidade e apresentação, muito comum para produtos perecíveis.
- Conteiner ventilado : Evita a condensação do ar em seu interior, utilizado para transporte de frutas, legumes, animais vivos, etc.
- Conteiner seco : utilizado para cargas secas, container normal.
- Conteiner tanque : Utilizado para cargas líquidas a granel
- Conteiner para granéis sólidos,como cereais, pós, farinhas,açúcar, etc.


Mariner

Slings
São cintas de material sintético, que formam uma rede, com dimensões padronizadas, geralmente utilizadas para sacaria. Dependendo do embarque, seguem com a carga até o destino ou apenas até o porão do navio, quando são retirados.

Big-Bag
São sacos de material sintético, com fundo geralmente circular ou quadrado, utilizados freqüentemente para produtos industrializados em grãos e pós, em substituição a sacaria. Permitem o reaproveitamento e cada unidade de carga tem uma variação de peso de 800 kg até 2,0t. O seu custo é superior ao dos mariner-slings e por isso, em operações de comércio exterior, geralmente, não embarcam com a carga. A sua capacidade geralmente é superior à dos mariner-slings.

Armazenagem e estruturas de armazenagem

A armazenagem é a administração do espaço necessário para manter os estoques. O planejamento de armazéns inclui: localização, dimensionamento de área, arranjo físico, baias de atracação, equipamentos para movimentação, tipo e sistemas de armazenagem, de sistemas informatizados para localização de estoques e mão de obra disponível.
O funcionamento adequado do armazém exige que o mesmo disponha de um sistema rápido para transferência da carga, imobilizando o veículo durante o menor tempo possível.

Estruturas de armazenagem

As estruturas de armazenagem são elementos básicos para a paletização e o uso racional de espaço. E atendem aos mais diversos tipos de carga. São estruturas constituídas por perfis em L, U, tubos modulares e perfurados, dispostos de modo a formar estantes, berços ou outros dispositivos de sustentação de cargas. Os principais tipos são:

Porta-paletes convencional: É a estrutura mais utilizada. Empregada quando é necessária seletividade nas operações de carregamento, isto é, quando as cargas dos paletes forem muito variadas, permitindo a escolha da carga em qualquer posição da estrutura sem nenhum obstáculo — movimentação dentro dos armazéns. Apesar de necessitar de muita área para corredores, compensa por sua seletividade e rapidez na operação.

Porta-paletes para corredores estreitos: Permite otimização do espaço útil de armazenagem, em função da redução dos corredores para movimentação. Porém, o custo do investimento torna-se maior em função dos trilhos ou fios indutivos que são necessários para a movimentação das empilhadeiras trilaterais. Em caso de pane da empilhadeira, outra máquina convencional não tem acesso aos paletes.

Porta-paletes para transelevadores: Também otimiza o espaço útil, já que seu corredor é ainda menor que da empilhadeira trilateral. Em função de alturas superiores às estruturas convencionais, permite elevada densidade de carga com rapidez na movimentação. Possibilita o aproveitamento do espaço vertical e propicia segurança no manuseio do palete, automação e controle do FIFO

Porta-paletes autoportante: Elimina a necessidade de construção de um edifício, previamente. Permite o aproveitamento do espaço vertical (em média, utiliza-se em torno de 30 m). O tempo de construção é menor e pode-se conseguir, também, redução no valor do investimento, uma vez que a estrutura de armazenagem vai ser utilizada como suporte do fechamento lateral e da cobertura, possibilitando uma maior distribuição de cargas no piso, traduzindo em economia nas fundações.

Porta-paletes deslizante: Sua principal característica é a pequena área destinada à circulação. O palete fica mais protegido, pois quando não se está movimentando, a estrutura fica na forma de um blocado. Muito utilizado em espaços extremamente restritos para armazenagem de produtos de baixo giro e alto valor agregado. Apresenta, como vantagem, alta densidade.

Estrutura tipo Drive-trough: Possui alta densidade de armazenagem de cargas iguais e propicia grande aproveitamento volumétrico para os armazéns. Este sistema deve ser utilizado preferencialmente quando o sistema de inventário obrigue a adoção do tipo FIFO ( first in, first out – primeiro a entrar, primeiro a sair). Semelhante à estrutura tipo Drive-in, tem acesso também por trás, possibilitando corredores de armazenagem mais longos. Nos dois sistemas de Drive, quando os corredores de armazenagem são muito longos, a velocidade de movimentação diminui bastante, pois além de aumentar o espaço a ser percorrido pela empilhadeira, obriga o operador a voltar de ré (este último transtorno pode ser minimizado com a colocação de trilhos de guia junto ao solo).

Estrutura tipo Drive-in: A principal característica do sistema drive-in é o aproveitamento do espaço, em função de existir somente corredor frontal, com a eliminação dos corredores. Como o drive-throug, é um porta-paletes utilizado basicamente quando a carga não é variada e pode ser paletizada, além de não haver a necessidade de alta seletividade ou velocidade. A alta densidade de armazenagem que o sistema oferece pode ser considerada o melhor aproveitamento volumétrico de um armazém. Como resultado, obtêm-se a estrutura com o menor custo por metro quadrado, levando em consideração a eliminação da necessidade de expansões em armazéns já existentes. Deve ser utilizado preferencialmente quando o sistema de inventário for do tipo LIFO (last in, first out – último a entrar, primeiro a sair). Sua utilização torna-se necessária quando é preciso alta densidade de estocagem. Composta por pórticos e braços que sustentam trilhos destinados a suportar os paletes, exige paletes uniformes e mais resistentes. Uniformes porque à distância entre os trilhos é fixa e resistentes porque serão apoiados apenas pelas bordas. Esse tipo de estrutura não deve ultrapassar os 12 m.

Estrutura dinâmica: A principal característica é a rotação automática de estoques, permitindo a utilização do sistema FIFO pois, pela sua configuração, o palete é colocado em uma das extremidades do túnel e desliza até a outra por uma pista de roletes com redutores de velocidade, para manter o palete em uma velocidade constante. Permite grande concentração de carga, pois necessita de somente dois corredores, um para abastecimento e outro para retirada do palete. É empregada, principalmente, para estocagem de produtos alimentícios, com controle de validade, e cargas paletizadas. Neste sistema, o palete é colocado pela empilhadeira num trilho inclinado com roletes e desliza até a outra extremidade, onde existe um “stop” para contenção do mesmo. Sem dúvida, é uma das mais caras, mas muito utilizada na indústria de alimentos, para ander aos prazos de validade dos produtos perecíveis.

Estrutura tipo Cantilever: Permite boa seletividade e velocidade de armazenagem. Sistema perfeito para armazenagem de peças de grande comprimento. É destinada às cargas armazenadas, pela lateral, preferencialmente por empilhadeiras, como: madeiras, barras, tubos, trefilados, pranchas, etc. De preço elevado é composta por colunas centrais e braços em balanço para suporte das cargas, formando um tipo de árvore metálica. Em alguns casos, pode ser substituída por estrutura com cantoneiras perfuradas, montadas no sentido vertical e horizontal, formando quadros de casulos e possibilitando armazenar os mais variados tipos de perfis pela parte frontal. Esse outro tipo de estrutura é extremamente mais barato, porém exige carregamento e descarregamento manual, tornando a movimentação mais morosa que a da estrutura tipo Cantilever, onde se movimenta vários perfis de uma só vez.

Estrutura tipo Push-Back: Sistema utilizado para armazenagem de paletes semelhante ao drive-in, porém, com inúmeras vantagens, principalmente relacionadas à operação, permitindo uma seletividade maior em função de permitir o acesso a qualquer nível de armazenagem. Neste sistema, a empilhadeira “empurra” cada palete sobre um trilho com vários níveis, permitindo a armazenagem de até quatro paletes na profundidade. Também conhecida por Glide In - Gravity feed, Push Back – alimentado por gravidade, empurra e volta), é insuperável em produtividade de movimentação, densidade de armazenagem e economia total de armazenagem de cargas diferentes. Esta é uma opção para o aumento da densidade de armazenagem sem a necessidade de investimentos em equipamentos de movimentação, pois os paletes ficam sempre posicionados nos corredores com fácil acesso, isto é, qualquer nível é completamente acessado sem a necessidade de descarregar o nível inferior. A utilização dos perfis de aço laminados estruturais é absolutamente necessária para garantir o perfeito funcionamento de trilhos, carros e rodízios dos sistemas. Com o aumento da ocupação volumétrica da fábrica (relação entre o volume total do armazém e o volume da carga estocada), podem-se listar como benefícios a obtenção de maior produtividade operacional (itens movimentados por homem-hora), maior agilidade no fluxo de materiais, maior organização dos estoques, maior produtividade nas operações de inventário e a utilização do LIFO (Last i - First out ) nas operações de transferências entre Centro de Distribuição e lojas ou depósitos.

Estrutura tipo Flow-rack
Sistema indicado para pequenos volumes e grande rotatividade, onde se faz necessário o picking, facilitando a separação de materiais e permitindo naturalmente o princípio FIFO Neste sistema, o produto é colocado num plano inclinado com trilhos que possuem pequenos rodízios deslizando, assim, por gravidade, até a outra extremidade, onde existe um “stop” para sua contenção do mesmo. É usada com movimentações manuais e mantém, sempre, uma caixa à disposição do usuário, facilitando, assim, o picking, ou seja, a montagem de um pedido, como se fosse um supermercado. Como elas precisam ser de pouca altura, pois são usadas manualmente, é bastante comum montá-las na parte inferior de uma estrutura porta-paletes convencional, no intuito de usar a parte superior para estocagem do mesmo produto, em paletes, simulando, assim, um atacado na parte superior e um varejo na parte inferior.

Estante: Sistema estático para a estocagem de itens de pequeno tamanho que podem ter acessórios, como divisores, retentores, gavetas e painéis laterais e de fundo. Possibilita a montagem de mais de um nível, com pisos intermediários. São adequadas para armazenar itens leves, manuseáveis sem a ajuda de qualquer equipamento e com volume máximo de 0,5 m3.

Estante de grande comprimento: Utilizada, basicamente, para cargas leves que possuem um tamanho relativamente grande para ser colocado nas estantes convencionais. É um produto intermediário entre as estantes e os porta-paletes.

Arranjo Físico ou Lay out

Dentro do quadro geral de uma empresa, um papel importante está reservado ao arranjo físico (layout). Fazer o arranjo físico de uma área qualquer é planejar e integrar os caminhos dos componentes de um produto ou serviço, a fim de obter o relacionamento mais eficiente e econômico entre o pessoal, equipamentos e materiais que se movimentam. Dito de uma forma simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção. O arranjo físico procura uma combinação ótima das instalações industriais e de tudo que concorre para a produção, dentro de um espaço disponível. Visa harmonizar e integrar equipamento, mão de obra, material, áreas de movimentação, estocagem, administração, mão de obra indireta, enfim todos os itens que possibilitam uma atividade industrial. Ao se elaborar, portanto, o arranjo físico deve-se procurar a disposição que melhor conjugue os equipamentos com os homens e com as fases do processo ou serviços, de forma a permitir o máximo rendimento dos fatores de produção, através da menor distância e no menor tempo possível.

Princípios do Arranjo Físico

Para se conseguir os seus objetivos, o arranjo físico se utiliza dos seguintes princípios gerais, que devem ser obedecidos por todos os estudos.

Integração: Os diversos elementos (fatores diretos e indiretos ligados a produção) devem estar integrados, pois a falha em qualquer um deles resultará numa ineficiência global. Todos os pequenos pormenores da empresa devem ser estudados, colocados em posições determinadas e dimensionados de forma adequada; como por exemplo, a posição dos bebedouros, saídas do pessoal, etc.

Mínima Distância: O transporte nada acrescenta ao produto ou serviço. Deve-se procurar uma maneira de reduzir ao mínimo as distâncias entre as operações para evitar esforços inúteis, confusões e custos.

Obediência ao fluxo das operações: As disposições das áreas e locais de trabalho devem obedecer as exigências das operações de maneira que homens, materiais e equipamentos se movem em fluxo contínuo, organizado e de acordo com a seqüência lógica do processo de manufatura ou serviço. Devem ser evitados cruzamentos e retornos que causam interferência e congestionamentos. Eliminar obstáculos a fim de garantir melhores fluxos de materiais e seqüência de trabalho dentro da empresa, reduzindo materiais sem processo mantendo-os contínuo movimento.

Racionalização de espaço: Utilizar da melhor maneira o espaço e se possível as 3 dimensões.

Satisfação e segurança: A satisfação e a segurança do homem são muito importantes. Um melhor aspecto das áreas de trabalho promove tanto a elevação da moram do trabalhador quanto a redução de riscos de acidentes.

Flexibilidade: Este é um princípio que, notadamente na atual condição de avanço tecnológico, deve ser atentamente considerado pelo projetista de layout. São freqüentes e rápidas as necessidades de mudança do projeto do produto, mudanças de métodos e sistemas de trabalho. A falta de atenção a essas alterações pode levar uma empresa ao obsoletismo. No projeto do layout deve-se considerar que as condições vão mudar e que o mesmo deve ser fácil de mudar e de se adaptar as novas condições.

Tipos de Arranjo Físico

Depois que o tipo de processo foi selecionado, o tipo básico de arranjo físico deve ser definido. O tipo de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da operação e é em grande parte determinado pelo tipo de produto, tipo de processo de produção e volume de produção. Existem quatro tipos básicos de arranjo físico dos quais a maioria dos arranjos se derivam :

- arranjo posicional ou por posição fixa
- arranjo funcional ou por processo
- arranjo linear ou por produto
- arranjo de grupo ou celular

segunda-feira, 1 de março de 2010

ARTIGOS DA REVISTA PROTEÇÃO

Brasil registra queda em número de acidentes de trabalho

Campo Grande/MS - Um ambiente saudável e condições apropriadas para o desempenho de uma atividade é o desejo de todo trabalhador. Porém, nem sempre esse ambiente é conseguido e, ao contrário, o empregado tem que conviver com equipamentos precários, falta de investimento em cursos de especialização, além de freqüentes descasos com a saúde - ações que podem resultar em acidentes, doenças.

É nesse contexto que o Programa Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, atua. Basta observar que em 2007 foram 849.795 situações irregulares relacionadas à segurança e saúde no trabalho corrigidas sob ação de fiscalização, 80.964 a mais que no ano anterior. Desse total, o setor de construção civil respondeu por 242.427 ações, seguido pela indústria (204.417) e pelo comércio (165.331).

A ação contundente da fiscalização do MTE foi fator determinante para a redução do total de conseqüências provocadas por acidentes de trabalho registrados nos últimos anos. Ou seja, situações em que o acidente leva a óbitos, incapacidade temporária ou permanente e assistência médica.
De acordo com os dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho, o número de conseqüências caiu em 8.246 entre os anos de 2005 e 2006. "Devemos continuar intensificando as ações de fiscalização preventivas e repressivas visando evitar os acidentes de trabalho e amenizar suas conseqüências, tendo em vista que o número de acidentes ainda é elevado", enfatiza Pedro Triches Júnior, Coordenador-Geral de Fiscalização e Projetos do MTE.
Dentre as unidades da federação, São Paulo foi a que apresentou maior melhora em 2006, com menos 3.388 acidentes que no ano anterior. Resultado obtido, principalmente, pela redução observada nos setores de serviços prestados às empresas; no de transporte terrestre; na fabricação de máquinas equipamentos e na fabricação de máquinas e equipamentos em metal. Logo após, com melhora também expressiva, está Santa Catarina que totalizou 33.101 registros de acidentes - 3.197 a menos que em 2005 -, Minas Gerais (com diminuição de 1.893 registros) e o Rio Grande do Sul, que contabilizou menos 1.151 acidentes.
Importante ressaltar que assim como Santa Catarina, os estados do Ceará, do Maranhão, do Tocantins, de Sergipe, de Rondônia, e o Distrito Federal também computaram aumento em apenas um dos requisitos observados e totalizaram um saldo positivo, em relação ao ano anterior.
Além das condições básicas observadas pelo Programa Segurança e Saúde no Trabalho - como afastamento por assistência médica, incapacidade por menos e por mais de 15 dias, incapacidade permanente e óbitos - ele também realiza um levantamento nacional das doenças que mais atingem o trabalhador. E o maior número de casos observados foi de ferimentos nos membros superiores (sobretudo punhos e mãos), seguido por membros inferiores.
"A identificação dos setores econômicos em que há maior incidência de acidentes do trabalho é o fator que norteia o planejamento das ações ficais do Ministério do Trabalho e Emprego. Com esse trabalho de monitoramento e análise dos dados buscamos ampliar o alcance e a efetividade das equipes de fiscalização visando prevenir o acontecimento de acidentes e agravos à saúde e segurança dos trabalhadores", afirma Pedro Triches Júnior.

28 de abril
Em 1969, a explosão de uma mina nos Estados Unidos, no dia 28 de abril, matou 78 trabalhadores. A tragédia marcou a data como o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho. Segundo estimativas da OIT, ocorrem anualmente no mundo cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho, além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB mundial. Em um terço desses casos, cada acidente ou doença representa a perda de quatro dias de trabalho. Dos trabalhadores mortos, 22 mil são crianças, vítimas do trabalho infantil. Ainda segundo a OIT, todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.

Fonte: MS Notícias - 12/4/2008


Registro de doenças ocupacionais cresce 134%

São Paulo - O registro de doenças ocupacionais deu um salto nos últimos 11 meses. As notificações de doenças do sistema osteomuscular, nas quais se incluem as lesões por esforço repetitivo (LER) e que representam 84,77% do total de doenças do trabalho, aumentaram 512,3%, segundo dados do Ministério da Previdência.
A impressionante variação é creditada ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), mecanismo que relaciona determinada doença às atividades nas quais a moléstia ocorre com maior incidência. Em vigor desde abril do ano passado, o nexo obriga a perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a aplicar uma lista que relaciona cada uma das profissões às doenças de maior incidência na atividade. Como resultado dessa co-relação, a doença é classificada automaticamente como ocupacional. Assim, o que aconteceu, preponderantemente, não foi um maior número de casos de doenças, mas uma elevação no volume de moléstias classificadas como ocupacionais.

Para medir o efeito do nexo epidemiológico, o ministério comparou o número de moléstias ocupacionais registradas nos 11 meses antes (maio de 2006 a março de 2007) e depois (abril de 2007 a fevereiro de 2008) da adoção da regra. O maior salto é no capítulo do Código Internacional de Doenças (CID) referente às doenças infecciosas e parasitárias: 3.701%. Depois, vem a alta no grupo dos tumores (2.102%), seguido pelas doenças do aparelho circulatório (1.406%). No total, o aumento foi de 134%.

Para a Previdência, o salto revela que, antes do novo mecanismo, grande parte das doenças ocupacionais era anteriormente classificada como moléstias comuns, sem relação com o trabalho. O diretor de Saúde Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, diz que o nexo vem mostrando a deliberada conduta anterior das empresas em tratar as moléstias como comuns e não notificar as doenças como ocupacionais. Na prática, isso acontece com a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).
Quando a moléstia é classificada como decorrente do trabalho, explica Todeschini, o empregador fica obrigado ao recolhimento do FGTS. Além disso, há maior estabilidade garantida aos afastados. Para o diretor, as empresas também preferem a classificação da doença como comum e não como ocupacional, já que isso preserva os índices de "acidente zero".
"O NTEP é uma boa radiografia do ambiente de trabalho e revela a enorme subnotificação. Antes dele, em 2006, a média era de 30 mil notificações por ano. Depois dele, saltou para 144 mil", diz o diretor. O nexo, segundo ele, dá mais clareza sobre onde estão adoecendo os trabalhadores e quais são as políticas públicas necessárias.

A Previdência tem um gasto bilionário com o pagamento de benefícios acidentários - principalmente auxílio-doença - e aposentadorias especiais concedidas em decorrência de ambientes insalubres, perigosos e penosos. Em 2005, a despesa foi de R$ 9,83 bilhões. Em 2007, subiu para R$ 10,72 bilhões. O aumento dos registros como acidentários (relacionados à profissão) não indica que a conta da Previdência vai crescer na mesma velocidade. Esses auxílios já eram pagos, mas como benefícios "previdenciários", como se a doença fosse comum.
Para Todeschini, os números da Previdência mostram que a LER é a doença mais omitida pelos empregadores. O nexo indica que os cinco segmentos de atividade que mais concentram sua ocorrência são intermediação financeira, comércio varejista, montagem de veículos, alimentos e bebidas e serviços às empresas. No ano passado, a LER foi responsável por 37,77% dos afastamentos acidentários.
O diretor comparou os números de 2006 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) - detalhamento do emprego formal - com os acidentes registrados nas Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) naquele ano e concluiu que, proporcionalmente, a faixa etária mais exposta a acidentes foi de trabalhadores até 19 anos. Em números absolutos, a faixa foi a de 30 a 35 anos.
Esse cruzamento entre os números da Rais e das CATs, em 2006, também mostra que o setor com mais ocorrências no âmbito da saúde ocupacional foi o dos serviços industriais de utilidade pública. Naquele ano, nos 344.565 postos de trabalho, foram levadas ao INSS 12.302 CATs. Nessa classificação, seguem-se, em ordem decrescente: indústria de transformação, extração mineral, agropecuária, construção civil, serviços, comércio e administração pública.
Com a evolução do nexo, a Previdência vai definir o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) que passa a valer no ano que vem. Atualmente, as empresas recolhem de 1% a 3% do valor de suas folhas de pagamento como contribuição ao Seguro Acidente do Trabalho (SAT). O objetivo é premiar a empresa que investir em segurança e reduzir suas ocorrências. Nesse caso, ela vai pagar contribuição menor ao SAT.
Por meio do FAP, o critério será por empresa e a contribuição ao seguro será de 0,5% até 6% da folha de pagamentos. Hoje, o critério é setorial, pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e vai de 1% a 3% da folha. Mas a mudança provocada pelo FAP terá o teto equivalente ao dobro do percentual pago atualmente. Portanto, não vai haver o salto de 1% para 6% nessa contribuição.
Todeschini recomenda que, em benefício próprio e dos seus trabalhadores, as empresas devem aperfeiçoar seus programas de prevenção, prestigiar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e fomentar a cultura permanente da educação e da prevenção. Mas ele também reconhece que o governo tem muito a realizar. Como exemplo, cita a retomada da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador que deve articular as ações de três ministérios: Trabalho, Previdência e Saúde.
Outra falha do governo, na opinião de Todeschini, é a insuficiente estrutura de fiscalização. Numa comparação que ele chama de "grosseira", a Alemanha tinha, em 1992, população economicamente ativa (PEA) de 45 milhões de pessoas e aproximadamente cinco mil fiscais do trabalho. No Brasil, a PEA atual é de 90 milhões de pessoas, mas há apenas 3,8 mil fiscais. Um agravante da situação brasileira é a alta informalidade da economia que exclui milhões de trabalhadores das redes de proteção previdenciária.

Fonte: Valor Online - 8/4/2008
Bibliografia Básica em Segurança e Saúde Ocupacional


1. SEGURANÇA NO TRABALHO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES: Uma Abordagem Holística
Benedito Cardella
Ed. Atlas, 1999 (1ª. Edição) – 7ª. Tiragem

2. QUALIDADE NA SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO
Waldemar Pacheco Júnior
Ed. Atlas, 1995 (1ª. Edição) – 3ª. Tiragem

3. PRÁTICA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES: ABC Segurança do Trabalho
Alvaro Zocchio
Ed. Atlas 7ª Edição (2002) | 1ª Tiragem

4. SEGURANÇA DO TRABALHO E GESTÃO AMBIENTAL
Antonio Nunes Barbosa Filho
Ed. Atlas 2ª Edição (2008) | 1ª Tiragem

5. STRESS E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: Perspectivas atuais da saúde ocupacional
Ana Maria Rossi, Pamela L. Perrewe e Steven L. Sauter
Ed. Atlas 1ª Edição (2005) | 3ª Tiragem

6. MANUAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO: Aspectos Técnicos e Legais
Dennis de Oliveira Ayres e José Aldo Peixoto Corrêa
Ed. Atlas 1ª Edição (2001) | 1ª Tiragem

7. COMO ENTENDER E CUMPRIR AS OBRIGAÇÕES PERTINENTES À SEGURANÇA E SAÚDE NO TRBALHO
Alvaro Zocchio
Editora LTR

8. NOÇÕES DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE PERDAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Jose da Cunha Tavares
Editora Senac São Paulo - 5ª Edição

9. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Claudio Dias A . De Oliveira
Editora LTR

10. LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA, ACIDENTE DO TRABALHO E SÁUDE DO TRABALHADOR
Tuffi M Saliba,.; Sofia C. Reis Saliba,
Editora Atlas, 4ª. Edição2007

11. MEIO AMBIENTE DO TRABALHO – DIREITO, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Gustavo Filipe Barbosa Garcia
Editora Método

12. TÓPICOS DE ADMINISTRAÇÃO APLICADA À SEGURANÇA DO TRABALHO Jose da Cunha Tavares
Editora Senac São Paulo 8ª Ed. 2008

13. PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
Jose da Cunha Tavares; Armando Campos; Valter Lima,
Editora Senac São Paulo
Call Centers e Telemarketing


Função de alto risco por excesso de repetitividade ou por pressão estática (muito tempo sentado).


Não há como generalizar. Cada Call Center é diferente do outro porque utiliza softwares diferentes, formulários diferentes e culturas diferentes. Porém uma coisa existe em comum: a atividade estática = risco postural.


Mesmo que você tenha um mobiliário adequado você poderá ter risco postural através de dois fatores:

1. Tempo sentado
2. Postura inadequada


Qualquer um dos dois pode lesionar uma pessoa. A conjugação dos dois
fatores é ainda pior.
Em qualquer Call Center existe também um fator psicológico constante: o tédio. Sugerimos que não se subestime este fator. Isso deprime as pessoas ao longo do tempo. Se possível faça rodízio caso haja vários Call Centers na mesma empresa.

Existem basicamente cinco tipos de telemarketing (em termos de atividade computacional):

1. O Informal

Call Center que funciona como um auxílio, mas não coleta muitos dados a respeito do cliente ou do que ele diz. Assim, temos pouca atividade repetitiva, porém a atividade estática normalmente é elevada.

2. O Detalhado

Exige do atendente o máximo de informações sobre o usuário do sistema (cliente). Esse sistema normalmente requer muita digitação ou movimentação de mouse. Nesses casos há uma sobreposição de riscos posturais e repetitivos.

3. O de Pedidos

Extrema digitação e/ou movimentação de mouse são características deste tipo de atendimento. Às vezes é muito intenso.

4. O de Reclamações

Muito diversificado este tipo de atendimento. Alguns com muita digitação e/ou mouse, outros nem tanto, mas todos com forte impacto emocional, pois normalmente o operador se relaciona com clientes insatisfeitos. Nada agradável.

5. O Às Vezes Sempre

Existem Call Centers que são multifuncionais. Tendo todos os 4 tipos anteriores. Esse é o mais difícil de controlar.

Importante observar que um NÃO EXISTE Call Center sem risco postural, porque o mesmo obriga os atendentes a ficarem sentados horas ao longo do dia. Logo, na melhor das hipóteses um Call Center deve estar atento ao tempo de permanência sentado e a postura de seus atendentes.

Só existem duas soluções para os riscos ergonômicos de Call Centers: ministrar micro-pausas ou dimensionar seu staff pelo pico (e com folga) montando um programa para redução da pressão estática da coluna através do ato de levantar-se periodicamente (novamente micro-pausa).

Desenho & Projetos

Geralmente brutal na utilização de mouse é especialmente terrível na condição emocional devido sempre aos prazos exíguos. Como os usuários possuem uma certa paixão pelo ofício as gravidades das lesões geralmente são um pouco menores do que em outras atividades. Porém reduzem a produtividade de modo significativo.

Funções Administrativas

Apesar de ser uma área com tarefas muito variadas as Funções Administrativas geralmente exigem muito de seus funcionários. Cada setor tem seu pico de trabalho em épocas diferentes, mas geralmente lesivos. Em nossos levantamentos verificamos que a desorganização do trabalho é responsável por 65% dos casos de LER/DORT nas empresas. Isso precisa ser resolvido. Para tanto os modernos administradores devem focar em produtividade (qualidade e quantidade) de trabalho.

Notas fiscais (recebimento e emissão)

Função relacionada a apenas entrada de dados (repetitividade de teclado e mouse). Dependendo da freqüência as conseqüências ergonômicas podem ser graves e os custos maiores ainda para funcionários, empresa e sociedade.

Finanças

Muito relacionado a análise de planilhas concentra os esforços majoritariamente em mouse e postura estática. Fácil de controlar com micropausas.

Contabilidade

Varia muito entre o esquema de Notas fiscais e Finanças. Vai depender da atividade específica de cada um no setor.

Digitação

Atividade rara hoje em dia porém quando existe é terrível na repetição dos movimentos e na postura prolongadamente estática.

Secretárias

São um reflexo de seus chefes. Possuem uma desorganização do trabalho causado pela chefia que as leva a trabalhar em excesso em alguns momentos e ficar ociosas em outros. Como seus chefes são imprevisíveis, a carga emocional é muito alta, podendo isso ser um agravante.

RH

As atividades computacionais neste setor normalmente não são muito extremadas, mas no período que antecedem o fechamento da folha o trabalho é bem pesado. Neste caso deve-se avaliar a organização das tarefas e dimensionar as necessidades para poder reduzir alguns riscos.

Comercial

Normalmente o fim de mês é brutal no input de pedidos, muitas vezes sem necessidade. Basta redimensionar certas áreas para suportar esse pico de atividade.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

INSPEÇÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO

1. Objetivos:
a. Detectar problemas ou situações que possam contribuir para a ocorrência de danos ao patrimônio físico da empresa, bem como gerar lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores.

b. Avaliar situações potencialmente geradoras de risco de acidentes em determinadas atividades, antes mesmo que ela seja executada.

2. Tipos de Inspeção

a. Inspeção Geral com Check List

Tipo de inspeção de segurança que abrange toda uma área geograficamente distinta da empresa, ou até mesmo, toda área da empresa, com o objetivo de vistoriar de modo geral todos os aspectos da segurança e da higiene do trabalho. Esse tipo de inspeção define previamente uma listagem de itens a serem inspecionados e se existem irregularidades em relação aos mesmos.

b. Inspeção de Rotina

Inspeções mais comuns de acontecerem. A rigor devem estar vinculadas ao dia-a-dia de todos os profissionais da área de segurança e saúde ocupacional. Visam à detecção a detecção de problemas logo no início da jornada de trabalho. Esse tipo de inspeção é realizado por profissionais como: supervisores, trabalhadores comuns em suas diversas funções e pessoal de manutenção.

c. Inspeção Periódica

Tipo de inspeção que é realizada com data e local previamente definido. Adotando-se para tanto um Cronograma que indicará os locais e periodicidade de inspeção adotada para cada setor listado. Tem como objetivo dar atenção às condições de segurança dos diversos setores existentes em uma empresa.

d. Inspeção Especial

Tipo de inspeção realizada em caráter extraordinário, quando há indícios ou algum elemento indicativo de problema que exige uma verificação mais profunda ou mais detalhada do que a efetuada numa inspeção de rotina.

e. Inspeção Eventual
Tipo de inspeção dirigida a certos equipamentos, detalhes de instalações ou de operações, sem dia ou horário predeterminados. Nesse tipo de inspeção – dirigida sem prévio aviso – podem ser obtidas informações que não seriam conseguidas em inspeção de rotina. Tais informações poderão ser suficientes para a adoção de medidas de ordem operacional, disciplinar ou administrativa em favor da segurança do trabalho.

f. Inspeção Oficial

Tipo de inspeção realizada por órgãos oficiais, como do Ministério do Trabalho e Emprego e Corpo de Bombeiros, por exemplo. O serviço de segurança e saúde ocupacional deve estar sempre preparado para atender aos agentes dessas inspeções oficiais, mantendo em dia certos documentos e informações que poderão ser necessários na ocasião, tais como: livro de atas de reuniões da CIPA; fichas de entrega e devolução de EPIs e Atestados de Saúde Ocupacional.

3. Resultados obtidos com as inspeções

a. possibilitar a determinação e aplicação de meios preventivos antes da ocorrência de acidentes;

b. ajudar a fixar nos empregados a mentalidade da segurança e da higiene do trabalho;

c. encorajar os próprios empregados a agirem como inspetor de segurança no seu serviço;

d. melhorar a inter relação entre os demais setores da empresa e o setor de segurança e saúde ocupacional;

4. Ciclo completo das Inspeções de Segurança

a. observação: verificação de todas as condições físicas das instalações, bem como de desempenho do pessoal em relação às questões de segurança e higiene do trabalho;

b. informação: comunicação das irregularidades detectadas aos responsáveis pela atividade onde ela foi observada.

c. registro: os itens detectados deverão ser registrados em formulários próprios, relatórios ou qualquer outro tipo de comunicação utilizada na empresa.

d. encaminhamento: depois de feitos, os registros deverão ser encaminhados aos setores competentes para que sejam tomadas as devidas providências, cabíveis em cada situação.

e. acompanhamento: toda recomendação de segurança que for registrada após as inspeções, deverá ser acompanhada pelo profissional a fim de que se tenha pleno conhecimento das providências adotadas para a solução dos problemas;

f. aprovação final: mesmo acompanhando todo o processo de execução, o profissional de segurança deve dar sua aprovação final ao trabalho efetuado, registrando de alguma forma se as soluções previstas foram plenamente atendidas ou é necessário a realização de algum ajuste.

Essas seis fases que completam o ciclo das inspeções de segurança procuram propiciar perfeito controle da situação, desde a observação inicial até o fim quando se esperam resultados favoráveis.



Bibliografia: Prática da Prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho, Zocchio, Álvaro, 5ª. Edição, Ed. Atlas.